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Dois tontos a fazer perigar o mundo: como as democracias do Ocidente lidam com o regime concentracionário da Coreia do Norte

De boca em boca até à guerra final...

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Trump é o gestor de serviço de uma das maiores e menos imperfeitas democracias do mundo; Kim Jon un é o líder do maior regime concentracionário existente à face da terra, mas com a particularidade de exercer o seu doentio e perigoso poder através do culto da personalidade fazendo com que todos os cidadãos norte-coreanos sejam seus súbditos e se comportem perante ele com maiores níveis de obediência (e subjugação) do que no tempo das monarquias.

Temos, assim, dois países com escala, valores e dimensões distintos, embora tolhidos hoje com o mesmo perigo: a loucura da irresponsabilidade mitigada com o aventureirismo sem limites e doentio.

E é nesse contexto que o ditador Kim faz testes utilizando armas nucleares, as quais sobrevoam o espaço aéreo do Japão, e doutros países asiáticos que estão integrados na lógica de alianças defensiva do Ocidente e que, hoje, é manifesta e perigosamente desafiado pelo ditador da Coreia do Norte. 

A questão assume agora particular perigosidade atendendo à natureza da bomba H - utilizada pelo ditador, pois sabe-se do poder devastador da bomba de Hidrogénio (designação mais adaptada ao seu significado bomba termonuclear, é um tipo de armamento que consegue ser até 50 vezes mais forte do que qualquer bomba nuclear de fissão) link.

Com esta acção, o ditador prova ao mundo, e aos EUA em especial, duas coisas: (1) que a Coreia do Norte já tem a tecnologia necessária para manipular a energia nuclear e, por outro lado, (2) já consegue incorporar essa terrível tecnologia nos chamados Mísseis Balísticos Intercontinentais (ICBM), aqueles que atingem alvos (militares ou civis de longo alcance) e que, como tal, podem atingir cidades norte-americanas ou europeias. Daí do perigo ser efectivo e revestir-se dum impacto verdadeiramente global, planetário. 

Perante esta nova ameaça global, cujo perigo se adensa numa escalada progressiva, urge perguntar aos líderes mundiais, à ONU, aos principais decisores políticos regionais que medidas (e que sanções) podem, desde já, ser tomadas para refrear o poder do ditador norte-coreano? 
Pelo que se sabe, as sanções através da ONU pouca eficácia têm; o congelamento de bens no exterior não se aplica, já que o ditador não sai do seu "quintal", nem precisa de ir lavar dinheiro à Suiça para ser poderoso na sua região. A utilização de medidas militares, nesta fase e com aquela ditadura, podem ainda acender o efeito rastilho que as declarações daqueles dois irresponsáveis têm vindo a fomentar nos últimos meses. 
Ou seja, chegou-se a um nível em que ninguém quer ceder, e no plano diplomático isso denunciaria fraqueza e até cobardia, pelo que a tendência para a guerra (primeiro, regional, depois, logo se verá..) está eminente. 
A única saída que aqui vejo, ainda que comporte riscos sérios, é fazer com que a China assuma uma posição proeminente neste teatro, nos planos político, diplomático e militar (sempre em ligação estreita com os EUA) - e em consulta com a Coreia do Sul, Japão e demais potenciais regionais que podem ser afectadas pela loucura do ditador norte-coreano - e a que os EUA e todo o Ocidente - não têm as ferramentas adequadas para aplacar Kim Jong Un. 
Em rigor, esta questão urgente, que é de natureza política, militar e estratégica reveste-se também duma dimensão filosófica, e que consiste em saber como é que as democracias representativas e pluralistas do Ocidente europeu lidam com a ditadura mais concentracionária do mundo, sobretudo quando é a paz e a segurança internacionais que estão fortemente ameaçadas. 
Quanto à Rússia do Sr. Putin, importa dizer que tem revelado nesta questão, como noutras de impacto internacional, um deliberado cinismo e hipocrisia que apenas traduz a ideia de que nunca se pode contar com ele, pois Putin preocupa-se apenas é em anexar a Crimeia e em prevenir ataques terroristas apoiados pela Arábia Saudita em território russo. 

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