terça-feira

Isto também é Angola

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A ambivalência esquizofrénia das relações luso-angolanas

Resultado de imagem para esquizofrénicaNota prévia: Marcelo foi a Angola vender charme e simpatia e assistir à investidura do seu homólogo, João Lourenço, um general oriundo do sistema que irá perpetuá-lo, com todos os seus defeitos e vantagens para a família Dos Santos e clic militar que suporta o regime. 

Aliás, nem outra coisa seria de esperar, razão por que foi eleito: manter os privilégios da família Dos Santos e os velhos métodos de gestão soviética e dirigista/centralizada da economia em violação grosseira das boas regras e práticas da economia de mercado. Sempre usando e abusando do ouro negro para se financiarem. 

Pelo caminho, o PR português manda uns mergulhos da praxe e tira 7358 selfies com os angolanos, junto de quem granjeia simpatia. Mas ela não basta para que, logo no minuto seguinte, Marcelo, e Portugal por extensão, que alberga os capitais manhosos angolanos nas várias empresas que aqui têm posições preponderantes, mormente nas telecomunicações, ser verdadeiramente humilhado no discurso de investidura do PR angolano.

Portugal foi visado por OMISSÃO, deliberadamente excluído da lista dos países amigos com quem ambos os povos, Estados e sociedades têm relações privilegiadas, além da língua ser o português. Tal a ingratidão desta potência regional neocolonial em que Angola se convertera

Angola é assim: sempre que um dos seus altos dignitários vem lavar dinheiro para a baía de Cascais e comprar flats de 1,2,3 M€ e é apanhado nas malhas da justiça portuguesa, através do Ministério Público, enche o peito e fala em soberania nacional. Uma coisa nada tem a ver com a outra, mas quando um regime é corrupto manipula a verdade e, claro, os factos também são distorcidos em obediência à manutenção dos interesses do regime assente no petróleo, diamantes e pouco mais, já que Angola nada produz nem com ela se aprende algo, como ter acesso a transferência de conhecimento ou de tecnologia.  

Marcelo, se tivesse coragem explicava ao regime angolano o que é e em que consiste um Estado de direito, a separação de poderes e o que são as magistraturas, o que fazem e quais são as suas atribuições e competências. Como professor de Direito Constitucional, ser-lhe-ia muito fácil atingir esse pequeno objectivo pedagógico, como se se tratasse de mais uma aulinha à comunidade académica.

Porém, Marcelo tem medo, falta-lhe coragem e procura envernizar a futilidade das selfies e dos mergulhos deixando Portugal ser humilhado perante a tomada de posse de um PR cujo dinheiro em Portugal, ou algum dele, tem e deve ser investigado sob pena de o nosso país virar uma "república das bananas" em obediência à cleptocracia vigente noutros regimes e noutros países africanos. 

No fundo, Marcelo foi a Angola para ser apedrejado, e nessa tarefa Angola teve grande sucesso ao excluir Portugal da lista de países amigos e investidores, pois ao que parece - e se não diversificarmos rapidamente a origem dos investimentos externos de Portugal - saímos de Luanda com as pernas partidas, sem as vísceras e, pelos vistos, também sem cabeça. 

Foi nisso que se saldaram os mergulhos e as selfies do One man show... E é com muita pena que escrevo esta rábula, apesar do foguetório reinante para alienar as massas. 


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João Lourenço deixa Portugal de fora da lista dos principais parceiros de Angola, in TSF



O novo Presidente angolano, João Lourenço, excluiu Portugal da lista de principais parceiros, no seu discurso de tomada de posse, sublinhando que Angola considerará todos os que "respeitem" a soberania nacional.
A posição foi assumida por João Lourenço na cerimónia oficial de investidura como novo chefe de Estado angolano, que decorreu esta terça-feira em Luanda e na qual o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, foi o único chefe de Estado europeu presente.
"Angola dará primazia a importantes parceiros, tais como Estados Unidos da América, República Popular da China, a Federação Russa, a República Federativa do Brasil, a índia, o Japão, a Alemanha, a Espanha, a Franca, a Itália, o Reino Unido, a Coreia do Sul e outros parceiros não menos importantes, desde que respeitem a nossa soberania", disse João Lourenço.
O novo chefe de Estado não fez qualquer referência a Portugal, principal origem das importações angolanas, no seu primeiro discurso oficial, numa altura de tensão na relação entre os dois países, decorrendo investigações das autoridades portugueses a figuras do regime angolano.
"Devemos continuar a pugnar pela manutenção de relações de amizade e cooperação com todos os povos do mundo, na base dos princípios da não-ingerência nos assuntos internos e na reciprocidade de vantagens, operando com todo os países para salvaguarda da paz, da Justiça e do progresso da humanidade", disse ainda.
João Lourenço garantiu que a prioridade nas relações internacionais de Angola será dada aos países vizinhos, nomeadamente na defesa, segurança e desenvolvimento da região da África austral.
"Angola deve, pois, manter o seu papel de ator importante na manutenção da paz na sua sub-região, atuando de forma firme nas organizações das quais faz parte", apontou, acrescentando que a relação com os restantes países africanos de língua portuguesa "vai estar sempre presente nas opções" do Governo angolano.

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sábado

Van Gogh, Grant Wood, Diego Rivera e C. Coolidge



Cafe Terrace at Night

Uma peça do famoso pintor holandês Vincent van Gogh. A peça não está assinada por van Gogh, mas é mencionada por ele em várias de suas anotações. Actualmente encontra-se no Museu Kröller-Müller, em Otterlo, Países Baixos.



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American Gothic

Esta obra é do pintor americano Grant Wood. A peça foi pintada em 1930 e é uma pintura a óleo que mede 78  × 65.3 cm, e atualmente está no Instituto de arte de Chicago.

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O Carregador de Flores
Esta é uma obra do artista mexicano Diego Rivera, pintada em 1935 em masonite, uma espécie de placa de madeira, uma das formas mais comuns de pintura em superfícies duras. Considerado como o maior pintor mexicano do século XX, Rivera era conhecido por suas pinturas simples e cheias de cores vibrantes.
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Dogs Playing Poker
Encomendada pela Brown & Begelow Cigars, uma marca de charutos, a série Dogs Playing Poker foi pintada pelo artista americano C.M. Coolidge.
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domingo

La Gare Saint-Lazare - por Claude Monet



File:La Gare Saint-Lazare.jpg

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Dois tontos a fazer perigar o mundo: como as democracias do Ocidente lidam com o regime concentracionário da Coreia do Norte

De boca em boca até à guerra final...

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Trump é o gestor de serviço de uma das maiores e menos imperfeitas democracias do mundo; Kim Jon un é o líder do maior regime concentracionário existente à face da terra, mas com a particularidade de exercer o seu doentio e perigoso poder através do culto da personalidade fazendo com que todos os cidadãos norte-coreanos sejam seus súbditos e se comportem perante ele com maiores níveis de obediência (e subjugação) do que no tempo das monarquias.

Temos, assim, dois países com escala, valores e dimensões distintos, embora tolhidos hoje com o mesmo perigo: a loucura da irresponsabilidade mitigada com o aventureirismo sem limites e doentio.

E é nesse contexto que o ditador Kim faz testes utilizando armas nucleares, as quais sobrevoam o espaço aéreo do Japão, e doutros países asiáticos que estão integrados na lógica de alianças defensiva do Ocidente e que, hoje, é manifesta e perigosamente desafiado pelo ditador da Coreia do Norte. 

A questão assume agora particular perigosidade atendendo à natureza da bomba H - utilizada pelo ditador, pois sabe-se do poder devastador da bomba de Hidrogénio (designação mais adaptada ao seu significado bomba termonuclear, é um tipo de armamento que consegue ser até 50 vezes mais forte do que qualquer bomba nuclear de fissão) link.

Com esta acção, o ditador prova ao mundo, e aos EUA em especial, duas coisas: (1) que a Coreia do Norte já tem a tecnologia necessária para manipular a energia nuclear e, por outro lado, (2) já consegue incorporar essa terrível tecnologia nos chamados Mísseis Balísticos Intercontinentais (ICBM), aqueles que atingem alvos (militares ou civis de longo alcance) e que, como tal, podem atingir cidades norte-americanas ou europeias. Daí do perigo ser efectivo e revestir-se dum impacto verdadeiramente global, planetário. 

Perante esta nova ameaça global, cujo perigo se adensa numa escalada progressiva, urge perguntar aos líderes mundiais, à ONU, aos principais decisores políticos regionais que medidas (e que sanções) podem, desde já, ser tomadas para refrear o poder do ditador norte-coreano? 
Pelo que se sabe, as sanções através da ONU pouca eficácia têm; o congelamento de bens no exterior não se aplica, já que o ditador não sai do seu "quintal", nem precisa de ir lavar dinheiro à Suiça para ser poderoso na sua região. A utilização de medidas militares, nesta fase e com aquela ditadura, podem ainda acender o efeito rastilho que as declarações daqueles dois irresponsáveis têm vindo a fomentar nos últimos meses. 
Ou seja, chegou-se a um nível em que ninguém quer ceder, e no plano diplomático isso denunciaria fraqueza e até cobardia, pelo que a tendência para a guerra (primeiro, regional, depois, logo se verá..) está eminente. 
A única saída que aqui vejo, ainda que comporte riscos sérios, é fazer com que a China assuma uma posição proeminente neste teatro, nos planos político, diplomático e militar (sempre em ligação estreita com os EUA) - e em consulta com a Coreia do Sul, Japão e demais potenciais regionais que podem ser afectadas pela loucura do ditador norte-coreano - e a que os EUA e todo o Ocidente - não têm as ferramentas adequadas para aplacar Kim Jong Un. 
Em rigor, esta questão urgente, que é de natureza política, militar e estratégica reveste-se também duma dimensão filosófica, e que consiste em saber como é que as democracias representativas e pluralistas do Ocidente europeu lidam com a ditadura mais concentracionária do mundo, sobretudo quando é a paz e a segurança internacionais que estão fortemente ameaçadas. 
Quanto à Rússia do Sr. Putin, importa dizer que tem revelado nesta questão, como noutras de impacto internacional, um deliberado cinismo e hipocrisia que apenas traduz a ideia de que nunca se pode contar com ele, pois Putin preocupa-se apenas é em anexar a Crimeia e em prevenir ataques terroristas apoiados pela Arábia Saudita em território russo. 

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