quinta-feira

Debate da nação: Sócrates na AR e a banda larga. Um portátil por 150 euros...

Hoje foi um dia cheio na AR, regressado da Rússia Socas veio cheio de vitalidade política, até parece que Putin lhe deu uma injecção de vitalidade info-tecnológica. Pelo que Socas anunciou uma medida que já não é novidade e que deriva da Agenda de Lisboa, de 1995, que prevê a instauração da sociedade do conhecimento, o que passa, naturalmente, pela generalização da utilização do computador pessoal pelos portugueses em geral. Assim, os portugueses pobresinhos poderão comprar um portátil por 150 euros e terão acesso a uma tarifa mais barata da BL - entre 5 e 15 euros do preço de mercado durante 3 anos. Tudo em nome da educação, da qualificação dos portugueses e pela valorização da sociedade do conhecimento.
Creio que aqui a novidade reside na possibilidade de aquisição de um portátil por 150 euros quando, em condições normais, um portátil custa cerca de 9/10 vezes mais... Se não for comprado na Feira da Ladra, obviamente. Mas esses só funcionam mesmo na feira...
Quem financia este programa de generalização da sociedade da informação/SI que consta da Agenda de Lisboa (?) - são os operadores privados de telecomunicações que contratualizaram com o governo essa linha de apoio fazendo, assim, evoluir os indicadores da SI - sublinhando que hoje o acesso à banda larga é tão crucial quanto o foram a electricidade e o telefone nos séculos. passados. É bonito ouvir isto, dá um toque de modernidade ao discurso político e põe em dialéctica as várias temporalidades - passado, presente, futuro. É bonito..
De seguida também apreciei a intervenção de MMendes: alinhada, incisiva, proventura uma das suas melhores prestações parlamentares. Criticou o facto de Socas não se ter referido ao ambiente de facilitismo ao nível da Educação, depois elencou 5 razões de crítica à política geral e disparou uma a uma: 1) o Estado não deve continuar a ser o caloteiro que é, ao não pagar a tempo aos seus fornecedores; 2) mudar a gestão das escolas, cada uma com um gestor profissional;3) mudar o sistema de governo das universidades - isto é essencial, até lá as universidades são a choldra de nepotismo em que alguns partidos também navegam; 4) valorizar o ensino técnico profissional; 5) e combater o peso fiscal que rouba competitividade à empresas e à economia.
Depois MMendes mandou-se à Ota e à DREN, ee steve melhor neste do que naquele - em cujo governo foi cúmplice e, então, nenhuma objecção colocou. O porblema de MMendes é estar sistemáticamente prisioneiro da comparação que Socas lhe faz, e isso diminui a sua credibilidade sériamente, apesar de o exercício também não ser muito sério, até proque Mendes - que se saiba, não foi ministro da Educação nem das Obras Públicas, que terá sempre responsabilidade porque foi solidário com o governo Barroso. Mendes é um zombie, preso ao passado, e Socas faz-lhe o favor de lhe o recordar sempre que Mendes abre a boca, nem que seja para arfar O2.

PPortas fez o trabalho de casa, e fez tantas questões que no final sintetizou tudo numa: quanto custa a Ota (?), e Socas respondeu-lhe da mesma forma que que fez com Mendes. Perguntem ao Durão Barroso - onde foram governo vários anos, com a agravante de Paulinho Portas ter sido ministro duas vezes e em dois governos: na desgraça de Barroso e na tragédia de SLopes, dois assessores de Sá Carneiro - que deverá estar a dar voltas no túmulo.. Portas tinha um livro para oferecer a Socas, sendo certo que a sua prestação foi positiva, ou seja, menos má do que a Ribeiro e Castro, mas foi uma pena Portas não ter elencado o oportunismo da sua catadupa de questões quando foi governo, e a decisão da Ota está tomada desde de 1999.. Portas também tem uma memória selectiva, e é pena.. Apesar de nada do que disse Socas confirmar a Ota com a opção mais racional, em nossa opinião não´o é, desde logo pela qualidade dos terrenos e pelos milhões necessários na sua normalização, custos que noutra localização nem sequer se coloca.

Alí vemos Mário Lino ao telefone, e é uma pena, pois esteve naquilo uns 10 minutos, o tempo daquela intervenção de Socas - que sempre o protegeu diante tanto disparate. Não teria sido mais educado ele ser mais breve e ter ouvido com atenção?! E o mais curioso é que os dois ministros que mais disparates dizem e desgaste político dão ao governo aqueles precisamente que aparecem irmanados na hierarquia do poder na AR. Não deixa de ser curioso esta situação, quem nem sequer é uma fotomontagem, antes fosse, assim o ridículo seria menor.

Anacleto Louçã também esteve à altura, e, curiosamente, foi o único que apoiou a media do PM em matéria de sociedade da informação. Preste-se louvor ao professor de Economia. Jerónimo transformou a greve num elefante quando, na verdade, ela não passou duma formiga.

CUIDADO COM ESTA MULHER, ELA REPRESENTA UMA AMEAÇA À DEMOCRACIA E AO ESTADO DE DIREITO

Por último, lamento que Socas não se tenha demarcado do ambiente de bufaria salazarenga que a directora da DREN iniciou na Administração Pública ao ter suspendido um funcionário com base numa delação, pois grave, gravíssimo não é o que se irá avaliar do inquérito (forçosamente manipulado) mas o facto de se ter dado início ao inquérito, que jamsi deveria existir. Isso não é próprio duma democracia pluralista num estado de direito, tanto mais num contexto de conversa privada. Socas perdeu aqui uma oportunidade para se demarcar de um ambiente pidesco que, infelizmente, ainda grassa na alta administração que, afinal, de alta - só tem a baixeza da "avantesma" que protagonizou o episódio pidesco assessorada pelo "chibo" inqualificável que a coadjuvou na traição torpe ao visado.

Portanto, 15 val. para Sócrates na apresentação da sua medida no âmbito da SI e 9 val. pela cumplicidade torpe que manteve ao segurar aquele calhau com olhos que envergonha a democracia lusitana, já com amis de 30 anos. O que dá uma média de 12 val. O que é manifestamente fraco e fica aquém das potencialidades do PM de Portugal - que regressou ontem o antigo império dos czares e teve a honra de apertar a mão a um democrata disfarçado de ditador, pois parece que para aquelas bandas quem critica o governo - não é suspenso, é, puramente, envenenado com Plutónio 238...

Apesar de tudo, confesso, prefiro viver em Portugal...
  • PS: De tudo resulta uma outra coisa - só para se ver a importância crescente dos blogues em Portugal. Ouvi o debate e constatei uma coisa simples: cerca de 50 a 80% da articulação argumentativa e da chamada dialéctica parlamentar - foi já teorizada, enquadrada e glozada pelo Jumento (e outros), só para citar o blog nacional mais completo e representativo nestas matéria de abrangência socio-político. Aliás, e por curioso que pareça, sempre que vejo o deputado Marques Mendes (e outros, talvez com excepção do deputado Jerónimo) a desenvolver algum raciocínio um pouco mais estruturado até parece que estou a ler o Jumento.
    Por isso, mesmo que tivesse algumas dúvidas em saber se a classe política mergulha nesse espaço de reflexão interessante e estimulante - elas hoje acabaram por se diluir - por entre as brumas da Ota, da DREN e da boa nova de que para certas pessoas um Portátil passará a custar 150 euros...
    Socas está reeleito em 2009.

O "efeito Viagra" na sociedade portuguesa; Supertramp - mais uma cicatriz do tempo que flui -

É sabido que o Viagra foi descoberto por erro, que é uma verdade a aguardar vez, como diria o nosso amigo Vergílio Ferreira. Este fármaco foi descoberto quando os cientistas procuravam desenvolver um medicamento para controlar a tensão alta. Análogamente, também é sabido que quando Cristóvão Colombo andou pelo mundo em demanda da Índia saí-lhe a América pela culatra, e a penicilina resultou de outra fracassada experiência, tal como a borracha galvanizada. E quantos homens e mulheres não nascem neste mundo por erro, acidente, descuido - ou simplesmente, porque na década de 70 e 80 alguns amigos mais criativos tinham por hábito oferecer aos colegas preservativos picados..., o que prenunciava 9 meses de problemas, e às vezes sete, porque alguns eram prematuros.., como tudo na vida.
Daqui decorre um corolário lógico: um ambiente de inovação deve comportar uma grande dose de tolerância para com os erros, pois na verdade são eles que acabam por dar o impulso final, embora não previsto, às inovações que acabam por se impor na sociedade. Logo o PM, Sócrates, regressado do jogging da Rússia vai ao Parlamento discutir um tema que agendou: as novas tecnologias, apesar de toda a oposição se atirar, previsivelmente, para a Ota, o desemprego, o preço da energia e demais bernardas que têm ocupado os media e a preocupação dos portugueses.
Perante esta tensão que se vive hoje em Portugal - pergunto-me que caminhos seguir?! Insistir nas velhas agendas ou tentar furar por entre novas alternativas, ou seja, envolver o tal efeito viagra na modernização da economia e da sociedade portuguesa. Mas como (!?) se não conseguimos afastar as velhas estruturas e os esquemas tradicionais de gerir a sociedade. Só que hoje, mais do que nunca, e esta é uma imposição da globalização competitiva, precisamos de sobreviver na economia mundial - que está aí, a cada minuto, em cada produto, serviço.. E em relação aos quais temos de saber ser inovadores e competitivos, o que exige lidar com empreendedorismo e empresários de gama alta, dispostos a correr riscos, a cometer erros, a falhar..
O problema é que hoje as experiências são arriscadas, e, por isso, podemos arriscar, é certo, mas "morrer" logo de seguida, pois o mercado acaba por engolir esse player mais incauto que se meteu com os tubarões da mega-economia. Depois o Estado em Portugal deveria ser mais amigo e cúmplice dos criadores, coadjuvando-os, reforçando as suas redes de interesse - doméstica e transnacionalmente - mas, em vez disso, o Estado (e a "bela gestão privada") cobra-nos a energia a preços exorbitantes comparativamente a Espanha e um pouco por toda a Europa. A carga fiscal também pesada, a burocracaia imensa e paralisante - matando cerce todo o ímpeto criador ou reformista que possa haver na sociedade.
Parece que a lição que temos de tirar de todo este quadro de complexidade é que hoje temos de aprender mais depressa e ter sucesso mais cedo. O problema é que a natureza dos erros antigos conduziam os seus fautores a uma rota de recuperação previsível, hoje os erros parece serem mais cruéis, mortalmente duros. Até a noção de ameaça, perigo e conflito mudou de natureza.. Hoje é tudo mais veloz, intenso, impactante e danifica em profundidade, seja na estrutura da economia ou na sociedade. Basta elencar um só efeito perverso da globalização predatória na sequência das deslocalizações que hoje são o "prato do dia" - para verificarmos que o fracasso é a regra e desenha uma mancha de crude que anda por aí, a boiar em todo o lado - e que a todos nós tem "premiado" com grandes e lustrosas medalhas de mérito. Recebidas por defuntos...
Creio que precisamos de mais (e melhor) viagra - e orientado para outros canais.
PS: Este post é dedicado a todos os empreendedores portugueses que sempre souberam ser criativos sem viagrar.
WoW SuperTramp AMV (Logical)

NEW GENERATION...

GYM CLASS HEROES: Cupid's Chokehold / Breakfast in America

Debate inquinado - por Francisco Sarsfield Cabral

in Visão, 31.05.07
Debate inquinado
Os portugueses andam preocupados com a economia. Por isso seguem os indicadores económicos que vão aparecendo com crescente frequência (o que é positivo). Mas, por vezes, esses indicadores e, sobretudo, os comentários que sobre eles se fazem, baralham mais do que esclarecem.
Não é tanto o caso de surgirem indicadores contraditórios, como há pouco aconteceu em relação ao desemprego. É mais a atitude dos políticos face aos números da economia que leva a confusões.
Quem apoia o Governo procura mostrar que a situação está agora melhor. Ao invés, os políticos da oposição tentam aproveitar qualquer informação estatística menos positiva para argumentarem que o Governo não cumpre as promessas e que a situação económica é péssima.
Um traço é comum às duas posições: uma visão de curto prazo. Discutem-se pequenas subidas mensais ou anuais, às vezes envolvendo apenas uma ou duas décimas. São números relevantes, sobretudo se confirmam uma tendência, permitindo considerá-la sustentável e não meramente episódica. Mas o essencial fica de fora.
O essencial tem a ver com a estrutura produtiva da nossa economia, não com a conjuntura, muito influenciada pelo que se passa na economia europeia. Ora o debate económico nacional está inquinado pela fixação no imediato.
O problema de fundo que Portugal enfrenta está em que a nossa produtividade se tem afastado, ano após ano, das médias europeias. Ora, só poderemos evitar o empobrecimento, pelo menos relativamente aos nossos parceiros na União Europeia, quando superarmos esse calcanhar de Aquiles.
Precisamos de trabalhar melhor. Com outra organização, outros métodos, outra disciplina. E, ainda mais importante, temos de esquecer de vez a mão-de-obra barata como factor de competitividade, para apostar em bens e serviços de maior valor acrescentado. Não o havermos feito a tempo explica a crise económica actual.
Por isso o que verdadeiramente importa são sinais que nos indiquem se estamos, ou não, a dar a volta do ponto de vista estrutural – viragem que demora tempo, mas se constrói desde já.
O bom comportamento das exportações portuguesas em 2006 e no primeiro trimestre deste ano é positivo. Dá esperança de que a tal mudança estrutural tenha começado a esboçar-se no aparelho produtivo do país.
Infelizmente, há razões para moderarmos o optimismo. O que tem feito crescer as nossas exportações de bens e serviços é, sobretudo, o aumento da procura externa, com a economia europeia a expandir-se a bom ritmo. Estamos longe de recuperar a quota de mercado que perdemos nos últimos anos.
Tal seria, aliás, impossível, com a nossa produtividade a crescer muito abaixo da produtividade média europeia. E com os custos do trabalho (salários, contribuições para a segurança social) a subirem 5,7 % no primeiro trimestre deste ano, face a igual período de 2006. Uma subida bem superior à registada na grande maioria dos outros países europeus.
Além disso, uma alteração do perfil da produção e da exportação nacionais implicaria um forte investimento. Acontece que o investimento público está em queda por causa do défice orçamental. E que o investimento empresarial não há meio de arrancar.
Deixemos a obsessão do curto prazo e preocupemo-nos com aquilo que pode levar a mudanças estruturais. É delas que depende o nosso futuro.
Francisco Sarsfield Cabral
Obs: Divulgue-se.

Reflexão das duas da matina numa versão pobrezinha de Pub. rasca

Margarina Dreno encontra Mário Belarmino numa rotunda de Almada e pergunta-lhe: estou desde a 8 da manhã sem beber água.
- Achas que também poderei ser camelo?!

Por este andar o PSD não ganha eleições mas ainda "limpa" os prémios de Cannes de Pub...*

É por isto que evito ler o CM

Um programa político para Lisboa com potencial

Unir Lisboa começa, desde já, com esta Convenção na Fil, no Parque das Nações, no Sábado.

Download do Programa

A teoria do deserto sofre up-grade

"Passeio turístico junto à Igreja de Santa Maria da Graça, em Setúbal"
[in Jumento, para assinantes e não assinantes e demais mirones]
Sem escolas, sem hospitais, sem hotéis e sem aeroporto resta à “Margem Sul” desenvolver-se com o pouco que tem, se Alberto desenvolveu a economia da banana, nos Açores há economia da vaca, os que vivem do outro lado do rio terão que se agarrar à economia do camelo se quiserem sobreviver. Com recursos a menos e camelos a mais não lhes resta outra alternativa. Depois do grito de alerta do ministro Mário Lino o Governo já decidiu fazer um daqueles conselhos de ministros onde os governantes se apresentam de sapatilhas Nike, calças Lewis e camisolas Lacoste, o que lhe dá um ar de ministros disfarçados de betinhos.
PS: Ver aqui o resto da narrativa do Jumento, um blog que continua a fazer Serviço Público. Imagino as gargalhadas nervosas que Mário Lino dá no seu gabinete ao consultar o Jumento - nos intervalos dos estudos promotores do aeroporto na Ota que lhe chegam de meia em meia hora. E alguns mensageiros até devem transportar-se de camelo..
Qualquer dia o Jumento ainda é apanhado a "cavalo num burro" a fotografar camelos numa rotunda de Almada. E com sorte ainda tira a chapa ao deserto de ideias que é Mário Lino, o homem das finanças do PCP que fez o negócio da Quinta da Atalaia para o PCP que hoje permite a realização da Festa do Avante - onde até o Marcelo, outro "camelo" (mas mais perigoso, porque tem algumas ideias..), se passeia oportunisticamente - armado em analista da pevide seca - na ânsia de fazer o pleno sociológico daqui por uns anos quando se abalançar a Belém.
Assim, ficamos todos a saber que serão os comunistas da festa do Avante, alguns das FARC que votarão nesse alegado, putatitivo e presumido candidato a Belém daqui po uns anos.

Carmona diz-se enganado por sérgio Lípari

Obs: Isto não é de estranhar para quem conhecer o Lípari, um pigmeu intelectual que no final das conferências perguntava: então falei bem!!! Divertia-me este afilhado da tralha do António Preto, e ambos os verdadeiros responsáveis pelo ambiente de puro nepotismo traduzido em injecção de assessores que rebentaram com o orçamento na CML e contribuíram, além da fraca liderança de Carmona, para a paralisia total do Executivo. Qualquer pessoa com bom senso que conheça esse vereador, lípari, pagar-lhe-ia só para ele não trabalhar, daria menos prejuízo.
Além de que o sérgio é um bajulador nato, e depois da bajulação vem sempre a traição. Carmona deveria ter tido mais cuidado com os rapazes de quem se rodeou, mas a equipa também não foi escolhida por ele, foi, desde logo, imposta por MMendes e calibrada pelo Preto. Hoje, vergonhosamente, é o Fernando "Pretão" que passeia o lípari na 5ª posição da lista do psd. Estamos conversados.
PS: já agora uma nota de pé-de-página para o lípari que aqui lê o Macro e se esquece de desligar o botão lá na Câmara... Não leia, aqui é só notícias tristes.. pelo menos para os caciques que atravancam este Portugal autárquico.

Ainda sobre a "avantesma" da DREN, o carrasquinho da democracia lusa

CUIDADO COM ESTA MULHER ... É UMA AMEAÇA PARA A REPÚBLICA
Um interessante artigo de Rui Ramos (Público, assin.)
Adirectora da DREN vale uma enciclopédia. Com a sua perseguição ao professor Charrua, deixou-nos perceber muita coisa. Pudemos ver, à luz do dia, o ministério a dar cobertura a uma prepotência, a bancada do PS a proibir a sua discussão no Parlamento e os mais ilustres advogados oficiais e oficiosos do Governo - com excepção de Jorge Coelho, o único socialista que não anda nervoso - a defender o indefensável sem a mínima concessão à razão ou ao pudor. Muita gente tirou as devidas conclusões sobre o apreço dos ministros e seus acólitos pela liberdade de opinião. Mas este caso autoriza-nos também a tirar conclusões sobre o futuro da anunciada reforma da administração pública. Porque a directora da DREN revelou-nos também o que é o Estado em Portugal e a escolha que é preciso fazer para o reformar. A propósito desta história de perseguições e vinganças entre funcionários ligados ao PS e ao PSD, algumas almas grandes dos dois partidos já se penitenciaram pelo loteamento partidário do Estado. (...)

quarta-feira

Joe Berardo é um "must"

Tão amigos que eles eram, são...
A Assembleia-geral do BCP terminou ontem à noite sem um reforço da liderança de Jardim Gonçalves. O fundador do BCP deixou cair a proposta de alteração dos estatutos do banco. Ainda assim promete voltar a apresentá-la mais tarde numa nova Assembleia-geral. (...)
Obs: Confesso que aprecio Joe Berardo, é um self-made man, um activo do País, um homem frontal que diz o que pensa, sempre com tremendo prejuízo para a gramática, é certo!!. Gosto de homens francos, e eu que não tenho um cagajésimo do seu património também digo o que penso, nem me quero imaginar com o património dele. Acho que diria muito mais... Mas aqui o tópico é outro, e reflecte para outra imagem: aquela em que ele aparece ontem de braços levantados, como quem acaba de ver o seu club ganhar a partida.
De seguida Joe diz que Jardim Gonçalves está "velho", a esposa, alí de circunstânca, vai em socorro do seu marido e diz que "ele tem muita categoria". O Paulo Teixeiro Pinto nem abre o bico, entra mudo e sai calado, como se duma reunião da Prelatura da Opus se tratasse.
Mas que ópera... Se tirassem as legendas à situação diria que tinham todos acabado de sair de um filme cómico - mas com um desfecho trágico para alguns... Para o "velho", neste caso...

Afinal, somos pacíficos. Sempre fomos, fazemos é muito fogetório

30.05.2007 - 19h23 Lusa Portugal é o nono país mais pacífico do mundo, de acordo com uma tabela publicada hoje. A lista é liderada pela Noruega, o Iraque surge na última posição e os Estados Unidos têm 95 países à sua frente.
O Global Peace Index, que agrupa 121 países, foi elaborado pelo filantropo australiano Steve Killelea para o The Economist Intelligence Unit, o centro de investigação associado à revista britânica "The Economist".
A tabela foi feita com base em 24 factores, entre os quais os níveis de violência, o crime organizado e as verbas que cada nação destina às forças militares.
Os países europeus estão em maioria no grupo dos dez dos mais seguros, enquanto os Estados Unidos da América ocupam a 96ª posição.
O estudo salienta que os países estáveis de pequena dimensão e integrados em blocos regionais como a União Europeia estão entre os mais tranquilos.
Os rendimentos dos cidadãos e o nível de educação são também factores determinantes na posição que cada país ocupa neste "ranking", cuja elaboração contou com o apoio de personalidades como os prémios Nobel da Paz Dalai Lama, Desmond Tuto e Jimmy Carter. Segundo esta tabela, a Noruega é o país mais pacífico do mundo. Completam o "top ten" Nova Zelândia, Dinamarca, Irlanda, Japão, Finlândia, Suécia, Canadá, Portugal e Áustria. No fundo da lista está o Iraque, considerado o mais perigoso, ainda mais do que Sudão, Israel, Rússia, Nigéria, Colômbia, Paquistão, Líbano e Costa do Marfim. Angola surge como o 10º país mais perigoso do mundo nesta tabela.
  • Obs: depois da comunidade financeira internacional tomar conhecimento deste estudo que posiciona Portugal entre os mansos - estou certo que os investimentos directos estrangeiros começarão a afluir a Portugal em doses industriais. Difícil depois será gerir tanta verba e projecto, tal é a bovinidade que nos define enquanto povo e personalidade colectiva. Já agora, desejaria saber como é que os empresários portugueses comentam este estudo.

A greve: a matemática ainda é pior do que a Ciência Social

Hoje foi dia de greve no País: os sindicatos avançam com uns números, o governo debita outros, os media também querem apresentar-se a concurso fornecendo uma 3ª via e o povo português, bovinamente, assiste a esta matemática da greve de forma alienada e sem capacidade de voltar a aprender matemática séria. Além de que a matemática, neste caso de apuramento dos números reais da greve, revela-se uma ciência ainda mais falível do que as ciências sociais. Eu - como mero teórico destas - sempre soube que as estatísticas não choram... E às vezes até vestem um lobo com pele de cordeiro.

O regresso de Milan Kundera, era, era)))

Insustentável leveza do ser I

O PESO E A LEVEZA, in Milan Kundera, A Insustentável leveza do ser "O eterno retorno é uma ideia misteriosa de Nietzsche que, com ela, conseguiu dificultar a vida a não poucos filósofos: pensar que, um dia, tudo o que se viveu se há‑de repetir outra vez e que essa repetição se há‑de repetir ainda uma e outra vez, até ao infinito! Que significado terá este mito insensato?
O mito do eterno retorno diz‑nos, pela negativa, que esta vida, que há‑de desaparecer de uma vez por todas para nunca mais voltar, é semelhante a uma sombra, é desprovida de peso, que, de hoje em diante e para todo o sempre, se encontra morta e que, por muito atroz, por muito bela, por muito esplêndida que seja, essa beleza, esse horror, esse esplendor não têm qualquer sentido. Não vale mais do que uma guerra qualquer do século xIv entre dois reinos africanos, embora nela tenham perecido trezentos mil negros entre suplícios indescritíveis". (...)

Gotan Project - Diferente

Gotan Project - Diferente

Evocação ao Sporting

Nota prévia: este ratinho não é nenhuma provocação ao Sporting, quanto muito seria uma bicada nesse personagem menor que só gera mau ambiente no futebol em Portugal que é o jorge Pinto da costa.
Sendo eu um benfiquista, mas não não fanático nem sequer exemplar, dado que na minha vida devo ter ido duas ou três "à bola" - aceito o desafio da Graça - que aqui connosco quis partilhar este vídeo, de resto merecido. Dá-se o caso de o meu irmão Victor ser um verdadeiro leão, e investe mais atenção e dinheiro em quotas do que eu em livros, daí a oportunidade de - aproveitando a vídeo-boleia da Graça - lhe dedicar este vídeo e tudo o que ele significa. E, por extensão, também a todos os "lagartos".
Embora tenha de confessar aqui que a maior lição que aprendi nestas andanças foi quando fui à Luz, ao Glorioso, quero dizer ..., e no meio daquela multidão estava um daqueles treinadores de bancada que, naturalmente, não parava de falar. Mas ele, a dada altura, disse uma coisa que nunca mais esqueci. Que sublinhou desta forma lapidar:
Hoje vim à Luz, mas já paguei as quotas em Alvalade e no Belenenses...
Ou seja, este "exemplar" era sócio dos chamados três grandes, o que me leva a perguntar se uma pessoa pode ser "fiel" a essas três identidades distintas em matéria futebolística.. sem gerar contradições ou esquizofrenias!!?? Pelo menos, para ele, aparentemente, isso era possível...
Nem sequer quis equacionar se ele - em termos conjugais - também vivia à africana...
Cá vai o vídeo da Graça - também dedicado ao Victor. Espero para o ano poder plantar aqui uma águia a voar rasgando os céus...
Sporting - Garra Centenária

Imagens do fim do mundo

Robert Zoellick é o novo presidente do Banco Mundial

O novel presidente do Banco Mundial (BM)
29.05.2007 - 23h11 O Presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, escolheu Robert Zoellick, ex-representante dos EUA para o comércio, para novo presidente do Banco Mundial, em substituição do demissionário Paul Wolfowitz, disse hoje um alto-funcionário citado pela Reuters. (...) Como primeiro representante comercial do Presidente Bush, Zoellick, 53 anos, ajudou a lançar a ronda de Doha de negociações comerciais no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC). Mais tarde foi subsecretário de Estado e tornou-se o rosto da administração americana para a política sobre a China e o Darfur. Deixou o Governo no ano passado para ingressar no banco de investimento Goldman Sachs. A experiência de Zoellick no sector financeiro e na diplomacia “conferem-lhe uma preparação única para enfrentar este desafio”.
  • Obs: Achamos que foi uma boa escolha, nem sempre g.w.Bush é falho a decidir, sobretudo quando não é ele a encontrar o nome para o lugar. Ainda pensei que MMendes tivesse o desplante de ir a Bruxelas pedir ao Durão Barroso para que este intercedesse junto de Bush para promover o nome de Manela Ferreira Leite ao cargo de presidente do BM. Um pouco como fez durão barroso quando se andou a vender na Europa junto dos demais PM para preencher o cargo que hoje ocupa e que deveria ter sido preenchido, por razões de reconhecido mérito e competência, pelo ex-Comissário António Vitorino.
    Ps: Sugerimos aqui a R. Zoellick que não cometa aos mesmos erros que Paul Wolfowitz, e se arranjar uma amante não arranje nenhuma avantesma suburbuna que fique cara ao erário público e onere os contribuintes.

Pais de Madeleine rezam em Roma, com avião privado

Kate e Gerry McCann falam hoje com o Papa, no Vaticano, e vão pedir a Bento XVI que reze para o regresso à família da sua filha Madeleine, raptada no passado dia 3 do Ocean Club na Praia da Luz. “A visita vai ser muito importante para nós espiritualmente e acreditamos que vamos voltar com energias renovadas e mais unidos”, disseram ao pequeno grupo de jornalistas britânicos que os acompanha. (...)
Obs: Doravante, sugira-se ao P. Bento XVI que venha à Cova da Iria e receba os pais das crianças portuguesas igualmente desaparecidas. Esta discricionaridade, já por nós devidamente escalpelizada, e atendendo à delicadeza da situação, não deixa de ser injusta e iníqua. O papa, directa e indirectamente, acaba por dizer ao mundo que há crianças de 1ª categoria e crianças de 2ª categoria.
Os pais daquelas vôam em avião cedido por multimilionário que empresta o troféu e são depois recebidas pelo Sumo Pontífice que fornece um serviço de cathering e conforto religioso; os pais destas, são portuguesas - não vão a Roma, o Papa também não vem a Portugal e não tiveram 0,5 % dos meios e recursos e capital-simbólico (leia-se, cobertura mediática) que os pais de Madeleine estão a ter.
Pois apesar da situação ser dramática em ambos os casos - ela não deixa de sinalizar uma clivagem gritante nessas duas abordagens que acabam por ter tratamento VIP num caso e noutro apenas conhecem o laxismo, a inércia e a indiferença. É a vida... A p... da vida. Por isso dissémos neste espaço que este Bento XVI saíu-nos cá um artista... romano, concerteza.

Uma herança pesada para António Costa.. Saiba-se quantos, desses, emanam da tralha do psd

"O próximo presidente da Câmara de Lisboa vai herdar de Carmona Rodrigues, caso este não seja o eleito, 49 assessores avençados com contratos no valor de mais de 1,3 milhões de euros, noticia nesta segunda-feira o jornal Correio da Manhã. O jornal garante ainda que dos 59 assessores do Gabinete de Apoio à Presidência (GAP), 49 só terminam o contrato mais de cinco meses após as eleições. Tal significa que o executivo camarário eleito a 15 de Julho terá de manter a equipa do ex-autarca, e agora também candidato, ou pagar o restante valor dos contratos anuais. Citando um documento datado de 11 de Maio de 2007, ao qual afirma ter tido acesso, o Correio da Manhã assegura que só o gabinete de apoio à presidência de Carmona Rodrigues conta com um total de 59 assessores com contratos no valor de mais de 1,7 milhões de euros. A maioria dos assessores (39), segundo o documento, foi contratado através de uma consulta prévia, ou seja, após uma entrevista. Mas 17 foram contratados por ajuste directo, sendo que os contratos variam entre os 52 mil e os três mil euros".
  • Obs: Saiba-se quantos desses assessores foram lá metidos pelo António Preto, grande especialista na arte da cunhagem. Reportamo-nos ao afilhado de Manela Ferreira leite, essa mesma: a que deu tampa ao MMendes e agora diz que vai ajudar aquele para cujo cargo liminarmente rejeitou. Não é isto admirável!!?

Imagens do mundo que falam e gritam...

António Costa tem vários "tempos" políticos: o curto, o médio e o longo

Creio já ter visto Santana, Carmona e alguns vereadores serem arguídos fotografados nesta escadaria... Ou será erro de percepção!?
António Costa avança programa para seis anos (in dn) SUSETE FRANCISCO António Costa vai apresentar um programa de governo para a cidade de Lisboa para os próximos seis anos. Candidato às eleições intercalares de 15 de Julho, para um mandato que contará apenas dois anos, o ex-ministro diz que este período não dará para mais do que "pequenas/grandes medidas", a apelar mais à "imaginação" do que ao suporte financeiro - que a capital não tem. Mais que isso, só depois de 2009, data das eleições regulares para a autarquia lisboeta. (...)
Obs: António Costa está assim confrontado com três tempos políticos que correm em pistas paralelas:
1) o curto prazo - onde terá de pagar salários, fornecedores, terminar com as assessorias, cunhas, ganchos, tachos e biscates, enfim, a tralha deixada pelo António Preto-Marques Mendes (conforme diria o meu amigo José Machado Pais, num livro de que foi autor e pelo qual recebeu o Prémio Gulbenkian 2003) e arrumar a bandalheira do espaço público; 2) no médio prazo - terá de corrigir as trapalhadas urbanísticas, algumas feitas à margem da lei e que são indispensáveis ao funcionamento corrente da cidade; 3) e no médio-longo prazo - terão de ser pensadas medidas estruturantes que façam crescer e modernizar Lisboa enquanto cidade europeia e cosmopolita, o que dobra 2009 e em relação ao qual essa temporalidade só a Deus pertence. Se é que Deus sabe algo de políticas municipais..
Contudo, e isso foi sublinhado ontem por António Costa na Estação do Rossio, uma coisa é negociar sob estado de necessidade, com a Paula Teixeira da Cruz a ser teleguiada pela S. caetano à Lapa de molde a que MMendes faça crer ao País que António Costa é um agente do governo infiltrado na CML (MMendes precisa desta muleta de Paula da Cunha - para se evidenciar contra Sócrates ao nível do debate nacional e perfilar-se para S. Bento.., de Sta Apolónia...); outra coisa bem diferente é António Costa gozar de uma maioria absoluta (como espero) - hoje verdadeiramente necessária para Lisboa, sob pena de boa parte das decisões serem vetadas pela Assembleia Municipal que, estranhamente, ficou de pé: nuns casos por capricho, noutros por capricho, ressentimento e vendetta político-partidária. Infelizmente, as coisas são mesmo assim.
Em suma: Lisboa merece o melhor, e o melhor, no actual quadro político, económico e financeiro tomando por referência esta troika temporal é, sem qualquer dúvida, António Costa. Foi também isso que tive oportunidade de lhe dizer ontem pessoalmente em meia dúzia de palavras.

Mário Lino vai ao Parlamento, mas não se sabe se é para contar anedotas...

A verdade é que "alguém" terraplanou as duas bossas ao camelo, e há quem diga que foi Mário Lino...
O Jumento tirou-me as palavras da boca:
Pois, mas esqueceram-se de perguntar ao camelo se não ficou ofendido com a comparação com Mário Lino.
MÁRIO LINO VAI SER OUVIDO NO PARLAMENTO
Resta saber se é para falar o aeroporto ou se para contar anedotas.

António Costa "não fala de aviões em centros de Saúde", mas vai no bom caminho

"António Costa anunciou a realização da Convenção “UNIR LISBOA”, no próximo sábado, dia 02 de Junho, às 14H30, no Centro de Reuniões da FIL, Rua do Bojador, Parque das Nações. O encontro, que pretende juntar personalidades dos mais variados quadrantes sociais, políticos e profissionais, tem como objectivo debater os problemas e encontrar as melhores soluções para a cidade de Lisboa. António Costa apelou à participação de todos nesta iniciativa, assegurando que parte importante das suas conclusões farão parte do programa eleitoral que será apresentado aos Lisboetas."

terça-feira

A bernarda da noite: Negrão fala de aviões num centro de Saúde

Fernando Negrão foi a um centro de Saúde fazer campanha eleitoral e quase me ía fazendo projectar o spageti no tecto da cozinha. Era suposto que aflorasse o seu programa para o sector em termos autárquicos, mas na ânsia de gerar polémica com António Costa e fazer o frete a MMendes para entalar Socas que anda a fazer jogging no Kremlin, acabou por falar de aviões. Amanhã Ricardo Araújo do gato fedorento diz que Negrão também é um grande humorista - equiparando-o a Mário Lino, autor do deserto na margem Sul...
Muito provavelmente, as velhinhas em seu redor, que Negrão supostamente teria cumprimentado minutos antes na fila de espera, devem ter-se achado as hospedeiras da TAP em véspera de viagem para as ilhas Fidji.. E logo acompanhadas por um mocetão daqueles - de cabelo branco e repleto de charme. Mas parece que é só mesmo o que vai tendo, já que deslocar-se a um centro de Saúde para se meter a falar de aviões é um pouco anacrónico.
Esperemos agora que quando Negrão se deslocar ao aeroporto da Portela seja para falar nas miseráveis condições de acesso à saúde que os portugueses têm.
Já nem quero comentar o que Fernando "Pretão" dirá quando se deslocar a Monsanto ou ao Intendente para equacionar a sua política de prevenção à toxicodependência e à prostituição...

Coisas sérias: Pink Floyd nas malhas apertadas do tempo

Meus senhores sentem-se, metam o capacete, mãos no corrimão e pés bem firmes no chão porque abrimos aqui alas para os Pink Floyd
Pink Floyd - Comfortably Numb - Live 8

Pink Floyd "Shine On You Crazy Diamond" Syd Barrett Tribute

Pink Floyd - Wish You Were Here

Pink Floyd - Run Like Hell (1980)

Pink Floyd - Another Brick in the Wall, Pt. 2 (1980)

Pink Floyd - Another Brick In The Wall

Jamiroquai e Junior: duas melodias que o tempo não apaga

Jamiroquai - Virtual Insanity MV

Junior - Mama Used To Say

Dia internacional da vizinha, do vizinho e da vizinhança...

Soubemos que a Helena Christensen e a Cindy estão fartas de viver onde vivem, pretendem agora mudar-se para Lisboa e cumprir, assim, o Dia Internacional do vizinho. Desde que se inventou a agricultura - o Homem passou a fixar-se, lá estava o vizinho; depois vieram as aldeias e as cidades - e os vizinhos apareceram em força.
Akon - I Wanna Love You: MTV/Regular version
(a música dos vizinhos que se estimam..)

Hoje são tantos que mesmo morando próximo ninguém se conhece nem fazem por conhecer. Anda tudo a jogar bowlling alone... mostrando como as relações entre as pessoas se massificou, alienou e despersonalizou no anonimato das cidades pequenas, médias e grandes - dada a convergência dos padrões de vida que hoje temos um pouco por todo o país.
Para que as nossas leitoras não fiquem melindradas - apurámos também que o George "C(l)oninhas" também vem morar para Lisboa, pelo menos enquanto durar a Feira do Livro no Parque Eduardo VII. Esperemos é que ele não vá morar nem com a Helena nem com a Cindy..., senão arranja logo uma briga entre a vizinhança.
Seja como for valerá a pena investir numa política de boa vizinhança, nunca se sabe quando é que teremos de fugir..
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Helena Christensen
(a vizinha Helena)

Karen Carreño FTV Sexies Series
(vizinhos)
Stephanie Seymour 1995 Hen Party
(vizinhas, only)

Apelo Sexual

(a vizinhança)

FALCO - DER KOMMISSAR (italia)

(para dançar com os vizinhos nas reuniões de condomínio, de preferência no terraço caso exista, tb pode ser na arrecadação)

Hot sexy girls

(aquela vizinha..)

Cameladas e um ceguinho a fazer xi-xi...

O ex-responsável pelas finanças do PCP, e actual ministro das "Obras estranhas" Mário Lino não pára de escrever ao Jumento e não é para enviar cartas d'amor ou de súplica. Agora até já internacionalizou a sinaléctica... podendo até fomentar o terrorismo, como diria o "terrorista" Almeida santos, o homem da "descolonização exemplar" - que safou os seus bens deixando os dos portugueses em geral pendurados.

Por este andar, não me admiraria que amanhã o comércio de artefactos - com o nome de Mário Lino estampado - se generalizasse aos preservativos, papel higiénico, t-shirts, apitos, bandeiras, perfumes e demais produtos.

A Suzuki (ante a inércia da Agência Portuguesa do Investimento/API dirigida por Basílio Hortas), numa inovadora parceria com a Auto-Europa - é bem capaz de criar - até ao Verão que se avizinha - um novo modelo automóvel com a característica de ser como o camelo: andar a água e ser muito económico e não refilar, além da manutenção ser quase gratuita. E já se está mesmo a ver que nome terá o modelo desse novo automóvel...

De preferência qualquer coisa que rime com "ota"...

Parece que já estou a ver Sócrates, regressado da Rússia - no Parlamento a responder a MMendes, a Jerónimo de Sousa e a Anacleto Louçã - em defesa desta medida - que evitará mais deslocalizações e criará 280 postos de trabalho. Aonde? No deserto da margem Sul, naturalmente!!

Em suma: a repovoação já começou. E será assim que o Plano Tecnológico se fará. E se subtrairmos aos 150 mil postos de emprego que Socas em sede eleitoral prometeu criar - já só teremos 149.720 empregos a criar. Um balanço aceitável ainda a meio do mandato...

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O "ceguinho" a fazer xi-xi...

RocaWear campaign - Ana Beatriz Barros & Jay Z

Sports Illustrated 2007 - Ana Beatriz Barros

(A Ana vem agora a Portugal para conhecer a linha do Estoril, tencionamos levá-la a Pedrouços, Algés e Caxias)

Um episódio sintomático: Joe Berardo não está para sustentar o Jardim Gonçalves...

Ante o regresso do velho banqueiro ao bcp, Jardim Gonçalves, Joe Berardo opôs-se à tentativa daquele em fazer (re)engenharia financeira a fim de blindar os estatutos e de impedir que o banco seja opado - penalisando, assim, eventuais mais-valias que os sócios-accionistas possam arrecadar. Berardo como gosta mais de dinheiro do que d' arte - travou o velho banqueiro, e além de lhe chamar "velho" - disse também que se Jardim alterasse os estatutos do bcp Joe sairía. So far, vingou a tese-Berardo. Este Joe não perde nem contra a ministra da Cultura/governo, nem contra os privados, parece que só perde mesmo é contra a gramática que escavaca sempre que fala. Mas quando se trata de dinheiro a língua portuguesa tolera tudo, até Joe a falar
[...]
No início da reunião, a contestação a estas propostas voltou a ser o ponto marcante. "Não estou para sustentar o nível de vida do engenheiro Jardim Gonçalves, nem 'quequices' como andar de avião privado e ter segurança", afirmou ontem, à chegada ao Palácio da Bolsa, Joe Berardo, um dos accionistas do BCP que mais atacou o seu fundador. [...]
Obs: Pergunte-se a Jardim Gonçalves se também se fazia transportar de heli - de Sintra para a rua do Ouro para ir trabalhar. Já agora, perguntamos ao velho banqueiro se também lavava o rabinho com água das malvas no bidé do avião a 920 kil. h. Berardo tem razão..

Ponta Delgada, Açores

Jardim Gonçalves: o regresso do veterano, desta vez para "partir"

É sabido que recentemente o BCP/millenium encheu-se de orgulho e quis tomar de assalto do BPI, e a convicção foi tanta que roçou a soberba. Entretanto, as coisas complicaram-se e a boga arrebatou o tubarão. Desfeito o tubarão e fragilizado o seu treinador, Paulo Teixeira Pinto, o padrinho regressou para salvar o convento e impedir que a boga (BPI e sus hermanos) chamem a si uma Opa "ao banco de Jardim Gonçalves". Que agora ensaia o regresso mas com a condição de pôr e dispôr do sentido estratégico do capital, além de blindar os estatutos para impedir Opas futuras. No fundo, este jardim Gonçalves acha que o capitalismo é belo, mas só funciona eficazmenre se for o BCP a opar, o inverso jamais será aceitável. Como diria alguém, aguarrás no rabinho do meu vizinho para mim é Coca-cola..
Recuperando o Jumento, este Jardim Gonçalves é cá um capitalista português, concerteza.. É, com efeito, muita derrota e humilhação ao mesmo tempo num período muito curto. Sendo que o PsD também viu fragilizada a sua posição no mundo dos negócios, apesar do capital nunca conhecer fronteiras nem ter ideologia.
Por outro lado, eu que até tinham uns milhares largos para depositar e investir no Millenium herdados de um tio da Suíça (que desconhecia e me legou a sua fortuna), onde era taxista e primo direito de Isaltino Morais, ponderarei melhor e tenciono aplicá-los no BPI - onde parece haver mais estabilidade e também menos gula, o que confere maior segurança nos mercados financeiros, logo maior previsibilidade de rendimentos.
De facto, vivemos tempos perigosos. Como diria Joe Berardo (que detem 4% das acções do BCP e opõe-se ao regresso do velho guerreiro J. Gonçalves), que sempre que fala tenho de consultar o diccionário para o compreender, certamente um defeito meu!!!
PS: O velho engº Jorge Jardim Gonçalves (creio que também inscrito na ordem) pensa que pode ser feliz uma 2ª vez onde teve os seus maiores extâses em matéria banco-financeira em Portugal.

A avantesma - um termo imemorial...

Quem não se lembra já do termo avantesma - para designar pessoa exageradamente grande e disforme, senão mesmo assustadora. Mas aqui o que importa não é a beleza física, a estética do traço moldada no corpo, mas o carácter agoniante do feitio, da maneira de ser, de toda a forma mentis. Infelizmente, em Portugal irrompeu um ser estranho, persecutório na Administração pública, que ainda pensa que o Salazar está vivo e ocupa a cadeira do Sócrates em S. Bento. Está-se mesmo a ver de quem se trata: da avantesma, claro está!!!
E quem é a avantesma?! Ora, a avantesma é a avantesma, uma aparição sobrenatural terrificante que parece ter origens em Fátima e depois "DRENOU" mais para Norte.
PS: Este post é dedicado a todas as avantesmas que, embora revendo-se na lógica dos argumentos aqui aduzidos tendem, subjectivadamente, a solidarizar-se com a avantesma porque mistificam e diluem uma questão de direito, de ética e de moral com uma questão estética. E não é, a estética aparece aqui só para confundir os parolos, e, infelizmente, registo que há imensos parolos. E alguns/umas ainda usam chapéu. Que pena..

Um blog com tomates; resíduos da democracia

O Notícias da Aldeia - que bem poderia designar-se Aldeia Global (em homenagem ao sociólogo canadiano Marshall McLuhan) - distinguiu este espaço como um "blog com tomates", o que sinceramente agradeço. Até porque a denúncia, especialmente quando construtiva e estruturada (ainda que combativa), é, em democracia, é a seiva da Liberdade. Nada fazer, é pactuar com o delírio que premeia as más práticas e estimula procedimentos absurdos, kafkianos, ditatoriais.

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Não morde mas todo o cuidado é pouco...

Cuidado com esta mulher: uma inimiga da Democracia e da sociedade aberta.

Se o ridículo matasse e as pequenas canalhices conduzissem os seus fautores ao inferno, muito provavelmente este resíduo da democracia já estaria reciclado. Quando aprendia o que era a democracia lembro-me sempre duma teoria que explicava isso lindamente e operava por efeito de contraste:

a) quando nos batem à porta numa democracia é o padeiro ou o leiteiro;

b) hoje sabemos que quando nos batem à porta num caldo de cultura pidesco é a dona Margarida.

O ridículo, em situações extremas é, deve ser, uma "arma" para combater essa ameaça à Liberdade e à Democracia. O ridículo serve para desnudar as más intenções das pessoas que não sabem viver em democracia e, por isso, devem ser banidas do serviço público. A finalidade do ridículo, mitigada com a ironia - que é o sorriso da razão, segundo Eça, é levar as pessoas mais rápidamente ao arrependimento. Mas temo que neste caso o molde foi infectado à nascença.

Assim decorre por uma razão simples: trata-se de proteger um bem comum maior - a Liberdade - que, por vezes, é ameaçada por esta escumalha que parasita a democracia pluralista num Estado de direito - e confunde e regra com a perseguição. Quem não entender isto, fica, forçosament, enleado nas redes das tais cuecas de renda antiga que paralisa o raciocínio e entorpece o esprit...

É essa mesma escumalha que amanhã, se o regime democrático evolucionasse para uma ditadura, diria: eu sempre fui salazarista. E se calhar até faziam a saudação da mocidade port...

Daí decorre que os "mimos" que aqui usamos para com os visados sejam pétalas em jardins da Madeira. Pois o que essas condutas verdadeiramente chocantes em democracia mereceriam era outra coisa que a minha educação aqui me impõe reservar.

Além de que a vantagem, para pessoas que sabem ler o todo e não se fixam nas partes, é, foi, sempre será - combater essa categoria disfuncionada do estereótipo que percorre muita sociologia do comportamento nas organizações e que, infelizmente, ainda continua a enganar ou iludir muito papalvo. Até bloggers que pensam estar nos anos 70 a defender a cueca & sutien por entre as velhas e balofas tensões entre feministas e machistas quando, na verdade, estamos no séc. XXI e a ter outra discussão.

Enfim, gaps... Ou como diria uma amiga que não confunde as meias com a reflexão: são fossas geracionais...

PS: Neste caso o Estado, através do Ministério Público, deveria pedir aos fautores desta desgraça nacional, incluindo o bufo/delator, uma justa indemnização para o Estado português por perdas morais e por ter achincalhado os portugueses que acharam execrável aquelas práticas volvidos 30 anos após a instauração da democracia em Portugal. Até já pareço o Vasco Gonçalves a falar, caraças...

Uma ponte, pontes...e outros "muros"

INTERESSANTE...A ponte localiza-se entre a Suécia e a Dinamarca. A foto foi tirada da Suécia. A ponte (ou túnel) segue sob a água para não atrapalhar a movimentação dos navios. Se a obra fosse feita totalmente sob a água talvez ficasse inviável pelo alto custo; se continuasse como ponte, teria que ser feita como a ponte Vasco da Gama, bem elevada para o tráfego dos navios, o que elevaria astronomicamente seus custos. A solução foi fazer essa auto via, parte como ponte, com o menor custo possível; e parte como túnel (submerso). Além de ficar diferente, ficou com um excelente visual.
Nota: Agradeço, desde já à Paula C. que de Coimbra me enviou esta magnífica imagem - capaz de inspirar a gestão de qualquer cidade europeia, apesar da distância que separa Lisboa da margem Sul ser estreita, e que agora virou um "deserto", segundo Mário Lino, o ministro das Obras "estranhas"; e enquanto visionava esta obra de engenheiria não podia deixar de pensar nos "muros d'água" que, por vezes, algumas pessoas podem sentir se, por exemplo, virem o mundo dos Açores, como a Marta P.

O monopólio dos partidos - por Francisco Sarsfield Cabral -

O monopólio dos partidos [in Público]
28.05.2007, Francisco Sarsfield Cabral
Diz-se que a política não se esgota nos partidos. Mas parece fazer-se tudo para que se esgote mesmo.
Portugal viveu meio século sob um regime que proibia os partidos políticos. Dividiam a nação, dizia-se. E, de facto, era mais cómodo para os dirigentes do chamado Estado Novo governarem sem oposição legal.
Com o 25 de Abril, a democracia pluralista não vingou imediatamente. Foi preciso vencer a tentação de uma nova União Nacional, desta vez de esquerda: o MFA, apoiado nos comunistas e na extrema-esquerda.
Estabelecida a democracia pluralista com a Constituição de 1976, procurou dar-se força aos partidos, quase todos de formação recente. Fazia sentido, para assegurar alguma estabilidade ao novo regime.
Sobretudo a partir da entrada de Portugal na CEE, em 1986, a democracia deixou de parecer ameaçada por golpes militares ou outros. No entanto, os partidos mantiveram quase todo o monopólio da vida política portuguesa.
Só há dez anos foram constitucionalmente autorizadas candidaturas autárquicas não ligadas a partidos. Coisa ainda impossível em eleições para o Parlamento.
A tão anunciada e sempre adiada reforma da lei eleitoral, com círculos uninominais (a par de um círculo nacional onde vigorasse a proporcionalidade), permitiria um reforço da legitimidade pessoal do deputado e uma menor dependência das direcções partidárias. Mesmo sem independentes.
Mas tal não convém a quem manda nos partidos. Estes tornaram-se em agências de empregos - está aí o poder dos dirigentes. O próprio retorno da ideia da regionalização tem algo a ver com o objectivo de se criarem mais lugares para os inscritos nos partidos.
Em eleições legislativas, votamos, de facto, nos líderes dos partidos e apenas raramente nos nomes que constam das listas de candidatos. Os eleitos, aliás, são substituídos frequentemente, sem que a opinião pública disso se dê conta. Já se tem dito, com alguma razão, que seria mais barato ter na Assembleia da República apenas meia dúzia de deputados - um representante por partido. Depois, cada representante teria o número de votos correspondente aos eleitos pelo seu partido...
Entretanto, a generalidade dos políticos profissionalizou-se. Como já passaram 33 anos desde a revolução de Abril, hoje a maioria deles começou nas "jotas" e nada mais fez na vida do que política partidária. Daí desagradar-lhes a eventual entrada de independentes na sua área profissional. Até porque, não raro, esses independentes são mais qualificados.
Assim, a qualidade dos políticos baixou dramaticamente em Portugal nas últimas décadas. Basta comparar a composição dos primeiros parlamentos após 1974 com a actual.
Também para tal contou, com certeza, o facto de termos uma democracia estabilizada. Quando estavam em jogo valores essenciais, quando não era seguro que a liberdade iria prevalecer no país, muita gente de qualidade sentiu o apelo da política. Agora, noutro contexto, poucos se dispõem a dedicar-se à res publica.
Tal alheamento torna ainda mais preocupante a tendência monopolista dos partidos, contribuindo para o descrédito da classe política. Tanto mais que a luta partidária pela prevalência "dos nossos" afecta a vida portuguesa em todo o lado onde chega o poder político.
Dois exemplos actuais: a suspensão por uma socialista, directora regional de Educação, de um professor, ex-deputado independente do PSD, acusado de ter dito uma piada (em privado!) sobre a licenciatura do primeiro-ministro. Ou a tentativa (frustrada pelo Tribunal Constitucional) de uma outra socialista, governadora civil de Lisboa, de favorecer o PS e o PSD na marcação da data das eleições para a câmara, prejudicando os independentes.
Ninguém discute o papel imprescindível dos partidos. Mas seria sensato incentivar a competição com gente de fora, em vez de a restringirem aos políticos partidários. Até porque, como se vê nas listas para a Câmara de Lisboa, o partidos não conseguem renovar o seu pessoal. E como o PS e o PSD têm pouco que os distinga ideologicamente, a luta política faz-se cada vez mais em função de características pessoais.
Na política, como na economia, a concorrência estimula a qualidade. Diz-se que a política não se esgota nos partidos. Mas faz-se tudo para que se esgote mesmo. E, quando alguém reclama, logo surgem acusações de espírito antidemocrático e antiparlamentar, ou seja, de salazarismo encapotado. Vistas curtas.
Jornalista
PS: Aquilo que eu aprecio no Francisco Sarsfield Cabral é o seu ecletismo intelectual e epistemológico, e desta vez ele não pensa e escreve como um economista mas como um verdadeiro politólogo. Este artigo é, verdadeiramente, exemplar e explicita muita coisa oculta nas penumbras dos partidos e dos sistema político português.
Apenas uma nota: ainda bem que a lista encabeçada por António Costa a Lisboa parece ser formada por gente competente e não enfeudada às máquinas partidárias cujos vícios são por nós bem conhecidas. Parabéns, portanto, ao autor por esta excepcional reflexão.
A ler e a reler.
Por isso, bem haja Francisco, gostaria de o ter escrito... Mas levaria mais tempo e, provavelmente, sem o mesmo sucesso.