segunda-feira

Uma antevisão do dia do trabalhador

Todos os anos é isto...

Música brasileira para todo o mundo

IVETE SANGALO - QUANDO A CHUVA PASSAR (AO VIVO - MTV)

Chico Buarque e Djavan

Alcione

Alcione - Você me vira a cabeça

Eu te devoro

Djavan - Lilás

Mais um pagamento por conta da Guerra ao Iraque via Cimeira dos Açores

A ambição de quem não tem capacidade é crime,
Chateaubriand

Foto Jumento Barroso galardoado com Prémio Liderança Transatlântica 2007 O presidente da Comissão Europeia é galardoado hoje ao fim do dia, em Washington, com o «Prémio Liderança Transatlântica 2007» atribuído anualmente a responsáveis políticos que tenham demonstrado particular empenho «na renovação da relação transatlântica». (...)

Obs:

Coitado do Fujão, lá foi a Washington receber um trofeu de caça por ter sido o mordo-mor na Cimeira dos Azores que serviu para legitimar a guerra ao Iraque e fazer dezenas de milhares de mortes. Sobre Barroso deveria fazer-se uma séria televisiva semelhante à de Tony Blair e levá-lo a julgamento por crimes de guerra contra a humanidade. E o galardão que deveria receber seria governar o Iraque durante uma década em clima de terror que a sua própria acção ajudou a gerar. É óbvio que só um cáfila como g.w.Bush pode homenagear outro cáfila igual ou pior, porque qualquer homem honrado jamais aceitaria o que quer que fosse do maior mentecapto da história da América. Dá vontade de dizer ao zé das fritas que enfie o prémio no ..

O forrobodó de Alberto João Jardim

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Gato Fedorento - Alberto João Jardim
Dos 10 milhões de portugueses todos sabem quem é o Alberto João da Madeira: um misto de fazedor de estradas e túneis com um palhaço político que vai animando as hostes e governando a ilha há trinta e tal anos, num pérfido exemplo anti-democrático, já que a democracia é, por natura, alternância, rotatividade e não aquele sedentarismo hegemónico manifestado por Alberto que tem sabido gerir os dinheiros que vão do "Contnente" para empregar os amigos, os afilhados, proteger os empresários da côr (que ganham as empreitadas), punir e afastar os da oposição e assim ir governando a ilha como quem faz uma necessidade fisiológica no seu próprio quintal. Eis a concepção que Alberto tem do poder regional, uma coutada onde só ele e os amigos mais íntimos caçam.
Uma coutada para estrangeiros com elevado poder de compra, pois nem os madeirenses nem a maior parte dos portugueses do Continente têm poder de compra para veranear pela maior parte daqueles hotéis - concebidos para os reformados do Norte da Europa. Juntamente com umas estradas e uns túneis - é assim que o Al berto pensa o desenvolvimento regional da sua querida ilha: um espaço de lazer para os reformados do Norte da Europa - que por lá deixam divisas, o resto não interessa... Salvo no período eleitoral - aí em volta a endrominar o povo que cai na esparrela do Alberto, e é assim há 30 anos.
Será isto normal e legítimo? Creio que não. Depois Alberto tem uma outra característica que além de o ter feito o bobo da corte na República - tem uma outra face: o lado ofensivo, instigador da violência verbal e da agressividade que, não raro, termina no Tribunal, com aquele advogado/deputado no Parlamento a ter de o defender sistemáticamente. Razão que tem armadilhado a convivência democrática na ilha e na relação da ilha com o Continente, e isso em vez de aumentar a cooperação entre os orgãos de soberania só tem bloqueado esse caminho paralelo.
Contudo, creio que Alberto ao longo destas três décadas tem revelado algumas patologias cujas desgraças se têm abatido sobre todos nós, algumas delas algo paranóides, outra de tipo obsessivo, outras ainda de valor histriónico - visto que tudo em Al berto passa por impôr algo aos outros.
Daqui podem resultar teorias inovadoras e mudanças positivas, mas o problema é que toda a sua instabilidade e agressividade é fonte de doenças democráticas e não de virtudes a seguir na República. Ora isto prefigura, também em termos abstractos, que todos aqueles políticos que assim se comportam publicamente têm um sério problema mental, infelizmente já existem exemplos de autarcas no Continente com essa patologia obsessiva pelo poder: pessoas que revelam uma face aparentemente saudável mas, na realidade, denunciam problemas que são incompatíveis com a vida em democracia. E o Alberto tem dificuldade de conviver em democracia, ou só sabe fazê-lo desde que seja ele a ditar e a impor as regras do jogos. Sempre ele, senão não há jogo..
Para a semana haverá eleições na Madeira, e sabe-se antecipadamente qual será esse desfecho: o Alberto irá novamente sufragar-se a si próprio ante aquela turba de gente alienada que vê naquele cabo o elemento que berra mais alto contra o Continente, e que, aparentemente, melhor defende os interesses das populações, dado ser aquele que melhor usa do expediente da chantagem para conseguir os intentos que pretende atingir: sacar mais e mais dinheiro à República. O povo gosta disto, dispor dum líder duma terra pequena que é capaz de fazer vergar aquelas pessoas importantes, que mandam lá no Terreiro do Passo, em Lisboa, ex-capital do Império. Faz com as pessoas na Ilha se sintam mais importante e dignificadas, pelo menos no plano psicológico.
Toda esta sintomatologia leva-nos a concluir que Alberto, tal como o histriónico, usa e abusa da manipulação das emoções dos outros, levando-as aos extremos, revelando a sua faceta de demagogo e de populista mais próximo das ditaduras moles do que dos regimes de democracia pluralista - que há trinta anos temos sabido tolerar. A isso se soma a incapacidade em corformar-se às normas sociais e às leis, às falsidades que engendra sobre pessoas e processos, à sua crónica mania da perseguição (ora pela maçonaria, ora pelo gato fedorento, ora por algum cantoneiro duma câmara socialista). Se juntarmos todos estes sintomas à sua impulsividade crónica, irritabilidade e agressividade, desprezo pelos outros (análoga à que Paulo Portas tem fomentado no seu partido nestes dois últimos anos) - temos o quadro global desta personalidade que há 30 anos governa a ilha da Madeira.
Pergunto-me se outro agente político, gozando de iguais condições sociais, financeiras e políticas não faria melhor ainda? Creio que sim. A sua irresponsabilidade, racionalização da chantagem, que remonta ao tempo de Cavaco (daí o sr. "Silva" e de Ferreira leita na negociação daqueles orçamentos complexos, em que o guloso do Alberto queria sempre mais e mais...), desprezo e negligência pela observância dos processos político-administrativos faz de Alberto um cacique perigoso para a República - pelo mau exemplo que dá aos outros autarcas.
A imagem que fica é a seguinte: se o Alberto consegue - governar por via da chantagem política - os outros autarcas menos escrupulosos também poderão vir a conseguir, basta que usem do mesmo tipo de chantagem política de Alberto João e façam eleições antecipadas. Se souberem antecipadamente que os resultados eleitorais são positivos, convoque-se eleições ao estilo albertino; de contrário, deixe-se andar o barco e aguarde-se pelo melhor momento eleitoral para dar o golpe do baú político-eleitoral. Eis o legado eleitoraleiro de Alberto às gerações vindouras. Um exemplo lamentável...
Numa palavra, Alberto Jardim mais não tm feito ao longo destes 30 anos senão fazer teatro, daí o seu histrionismo - Alberto precisa desse palco para sobreviver e levar a água ao seu moinho. O povo como nele se habituou a ver o Pai não arrisca em querer mudar, pois tem medo de empobrecer ao perder essa capital de chantagem que Alberto ainda hoje, bem ou mal, oferece aos madeirenses que vêm nele um deus. Um deus a que batem palmas, e por vezes não se sabe bem a quê... Se à forma como dança, como fala, como salta, como perdigota, como gesticula, como ameaça, enfim, como exerce o seu poder-zinho pseudo-democrático na sua república das bananas.
Enfim, mais um caso psico-clínico na República de difícil resolução. Chamem o Freud, porque isto já lá não vai só com Sócrates...

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Alberto também é ou foi professor convidado da UnI... [link] Portugal, de facto, é uma aldeia...
  • Prgunto-me se não viu por lá MMendes e Socas em 1996...

Ten Sharp-You e Telenor Mobil Commercial

Ten Sharp-You
Telenor Mobil Commercial

O Jumento corrige Vasco Pulido Valente

O ESPELHO
«A comédia da câmara continua. Depois de uma alegada tentativa de suborno do género "Mistérios de Lisboa", foi arguida a vereadora do Urbanismo e, a seguir, o director do Serviços de Urbanismo e, a seguir, o vice-presidente. Agora consta que também vai ser arguido o presidente. De qualquer maneira, arguido ou não, Carmona Rodrigues já não tem qualquer espécie de legitimidade. A coligação que o elegeu já não existe. Há quatro meses que se discute a demissão dele e da assembleia municipal; e há quatro meses que putativos sucessores se agitam pela praça pública. E, no entanto, o senhor engenheiro ainda esta semana inaugurou, com 36 meses de atraso, um túnel inseguro e mal sinalizado como quem oferece uma obra-prima ao povo agradecido.» [Público independente Link]

Parecer do Jumento: Das duas uma, ou Vasco Pulido Valente está a gostar do BE ou desejaria que Portas tivesse em Lisboa a sua experiência eleitoral, agora que poderia ter vantagem, ainda que a forma como tratou a Zezinha não o favoreça muito, principlamente se esta avançasse com uma candidatura independente. Na pressa de desancar em Carmona o VPV até esquece que Carmona não concorreu coligado e que a sua eleição foi feita nas listas do PSD e antes de qualquer aliança pós eleitoal, enfim, um pequeno pecadilho em matéria de honestidade intelectual.

Obs: Poderá ser um problema análogo ao do sr. Yeltsin que já lá está, na terra da verdade. Amén.

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Buddy, The Singing Dog...A Virtuoso

Esta arte performativa evoca-me duas coisas: o ruído dos carros de Formula 1 gripados a dobrar as curvas no Autódromo do Estorial encerrado ao tempo de Pina Moura (salvo erro); e um certo cacique madeirense chantageando constantemente o "Contnente" por mais e mais dinheirinho para governar a coutada.

O efeito borboleta da autarquia Lisboeta

Os homens do carmona, perdão do MMendes: os homens do vazio

O efeito Borboleta não era tanto um acidente, consistia mais numa necessidade, supondo que as pequenas perturbações permaneciam pequenas - como aqueles valências supra - em vez de se propagarem em crescendo através do sistema, seria o tempo que repetia um padrão arbitrário, mas com tanta asneira esses ciclos deixavam de ser arbitrários para serem previsíveis, desinteressantes e massificados. A partir do momento em que um (ou dois) vereadores foram constituídos arguídos, por força do volume da alegada corrupção em jogo, os lisboetas mais argutos perceberam logo do que se tratava, mas a Justiça é cega e leva tempo, por vezes ainda é mais cega com tempo. Foi esta dependência sensível das condições corruptoras iniciais - cujo pecado original emanou duma outra arbitrariedade - a vontade de MMendes - em impôr Carmona ao psd, a Lisboa e ao País (sem nenhuma experiência e perfil para o cargo) que nos conduziu ao actual efeito borboleta da Praça do Município, um verdadeiro folclore político realizado por mancos que nunca souberam dançar. Nem o vira...
Hoje, quando a imagem esbatida de Carmona me vem à lembradura, recordo a seguinte passagem:
Por um prego, perdeu-se a ferradura;
Por uma ferradura, perdeu-se o cavalo;
Por um cavalo, perdeu-se o cavaleiro;
Por um cavaleiro, perdeu-se a batalha;
Por uma batalha, perdeu-se o reino!
E por causa de Mendes e de Carmona afundou-se Lisboa numa cratera.
Hoje é essa cratera que os deveria engolir politicamente a todos e cuspir sob a forma de larvas, pois os lucros (políticos) cessantes que aquelas toneladas de alegada corrupção, laxismo, ganância, incompetência têm dado diáriamente provas na capital faz lembrar aos lisboetas que eles não se enganaram só no partido que os apoiou, enganaram-se também em todos e em cada um daqueles figurantes menores da política à portuguesa que hoje assiste a uma peça de 7ª categoria no pior teatro de aldeia.
É isto a que chamo o efeito borboleta do burgo lisboeta.

O que é amar? - por A. Patrício -

O que é Amar?
Amar é ver morrer a cada hora um sonho que o Amor crucificou e vestir-se de luto a cada aurora um desejo febril que agonizou...
É lavar toda a dor, toda a amargura na fonte de piedade dum olhar e ver depois por uma noite escura que a dor é imensa e a fonte está a secar...
É ver nos olhos verdes que beijamos cair a cinza vã da vida morta... E quando o tédio bate à nossa porta,
erguer nas mãos as dessa que adoramos e beijá-las pedindo-lhe perdão de ter a alma morta e morto o coração...
António Patrício, in Oceano, 1905 .
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De que me rio eu?... Eu rio horas e horas só para me esquecer, para me não sentir. Eu rio a olhar o mar, as noites e as auroras; passo a vida febril inquietantemente a rir.
Eu rio porque tenho medo, um terror vago de me sentir a sós e de me interrogar; rio pra não ouvir a voz do mar pressago nem a das coisas mudas a chorar.
Rio pra não ouvir a voz que grita dentro de mim o mistério de tudo o que me cerca e a dor de não saber porque vivo assim.

Marcelo: o grande fazedor, de palavras levadas pelo vento numa tarde de vendaval

Quando me sento diante do televisor vendo Marcelo seria suposto apanhar umas notas que me surpreendessem e enriquecessem, algo que até o Macro não tivesse debitado há meia dúzia de dias, explorando até o dobro dos ângulos analíticos com que Marcelo diz o que diz: O Mendes, e a sua doutrina de mandar suspender os mandatos aos arguídos em processos judiciais; o discurso de sr. rangel foi muito bom - mas que ele, Marcelo, faria/diria melhor para o zé povinho; as fugas de Carmona aos jornalistas no túnel recém-inaugurado para logo de seguida ser encerrado e ultimar uns arremates de trolha e concertar umas empenas; que Cavaco fez um discurso muito interessante mas Marcelo não conseguiu explicar como e onde; que Lisboa tem imensos candidatos no PS e no PSD (talvez o próprio Marcelo.., desta vez recomenda-se um mergulho na piscina dos Olivais, que creio estar vazia); foi uma pena MMendes não explorar o discurso do sr. Rangel - mormente em matéria de "claustrofobia" (vem dos "claustros" da Marinha Grande, e a fobia é uma pretuberância de Cascais via Guincho); que o Socas esteve bem na AR à propos dos licenciamentos e jogou ao ataque enquanto que o ganda noia jogou à defesa, tipo pigmeu da África Central, etc, etc, etc..

Bom, para tudo isto Marcelo diria: eu faria diferente, assim, assado, cozido, frito, no forno a gás, a lenha, a carvão e o mais. Pina Moura é uma vergonha na TVI, como vergonha seria se Ferreira leite ou Ferreira do Amaral assumissem a direcção da Sic.. Marcelo aqui esqueceu-se que, para o efeito, já lá está Balsemão, que ainda é pior...
Com esta treta toda pergunto-me duas coisas: quando é que Marcelo - que faz sempre tudo tão, mas tão diferente, se candidata a qualquer coisa de útil por este País, algo que lhe permita realizar uma obra pública em prol do bem comum?
Porque as tretas que vai dizendo são por demais previsíveis, um dia fiz o teste: tirei o som e consegui anotar tudo o que disse. E quando regressei após uma incursão ao National Geografic que retratava a forma como uma gibóia matava um veado por constrição, ainda apanhei a parte do Pina Moura (na fase da vergonha...)
Dito isto, lembrei-me que há 15 anos gostava de ver Herman José, achava-o o maior; há igual período pensava o mesmo de Marcelo, agora, creio até que as miseráveis notas de pé-de-página que aqui escrevemos comportam mais novidade do que os pratos requentados que Marcelo nos serve nas suas missas de Domingo. Embora presunção e água benta, cada um toma a que quer, obviamente... Mas isso é fácil de constatar.
E a avaliar pela ratificação permanente de Flôr, um dia alguém nos surpreende e se declara em directo.
Se calhar é por isso que ainda tenho a pachorra de ver 10 min. seguidos do programa - que, no fundo, vem actualizar aquilo que alguns blogs escreveram a meio da semana. Para existir novidade no deserto daquele marasmo até dá vontade de solicitar à menina infra - que ostenta dois corações (quando a generalidade das pessoas só tem um, e algumas não têm nenhum) - que faça qualquer coisa para animar a malta... e revele a verdadeira natureza e dimensão daqules dois corações. E de qual deles é o mais verdadeiro e bate melhor.
Aposto que esconde um 3º coração na sua mão direita, atrás do rabinho..ou dos rins, como se queira.
Aposto que esta boneca não gosta de chocolates

Quando a cereja está sobre o bolo é um bom sinal, quando o diamante está entre o bolo e a cereja ainda é melhor

Quincy Jones - The Secret Garden (Sweet Seduction Suite)
À memória de Barry White cuja sonoridade se distingue a milhas

David Mourão Ferreira e os Goton project: o sensualismo das letras e das curvas em movimento

Nós temos cinco sentidos: são dois pares e meio de asas. - Como quereis o equilíbrio?
Dominando bem os sentidos nas narrativas que produzia, DMF cedo percebeu que os sentidos - por nos enganarem umas vezes podiam também antecipar o átrio da razão humana. Lúcido tratou por "tu" as letras portuguesas, mas também aqui Deus - mais uma vez - foi um miserável por o ter ceifado cedo. Deixou-nos a todos mais pobres, cegos e com menos razão.
Entretanto, o divã: a coberta arredada, os lençóis desfeitos. Fruta e água, água e fruta; apenas fruta, apenas água, alternando ao longo de todo o dia. E, cerca das seis da tarde, a tarefa já um tanto sonâmbula, mas partilhada com gosto, de esticar os lençóis, de prender os lençóis, de repor a coberta, de lavar lá dentro pratos e copos, de deixar tudo numa aparência de ordem - como se afinal nem precisássemos da Floripes. Uma espécie de "ensaio"; talvez, para a nós próprios provarmos que seremos capazes, se for caso disso, de uma vida mais simples, de prescindirmos até de certos auxílios ou de certas facilidades de que dispomos.
David Mourão-Ferreira, Um Amor Feliz.
encontramos de nós em poucos meses o que a noite nos fez em muitos anos E por vezes fingimos que lembramos E por vezes lembramos que por vezes

ao tomarmos o gosto aos oceanos só o sarro das noites não dos meses lá no fundo dos copos encontramos

E por vezes sorrimos ou choramos E por vezes por vezes ah por vezes num segundo se envolam tantos anos.

Gotan Project - Diferente

domingo

Artista em Marvão representando algo

Talvez um som, um chocolate sonoro, algo que nem o próprio actor consegue definir. Mas existe, como os chocolates..

Futebol: Benfica e Sporting terminou empatado 1-1

Futebol
Benfica e Sporting dividem pontosTerminou empatado (1-1) o «derby» lisboeta. Um resultado que beneficia o líder FC Porto (62 pontos), que ontem perdeu no Estádio do Bessa (2-1). Sporting continua em segundo lugar, agora com 59 pontos; Benfica é terceiro, com 58. Liedson marcou pelos «leões» aos dois minutos; Miccoli empatou aos 23.

O caos em Lisboa: a paternidade de Mendes e a vergonha de Carmona. Cheira a plástico queimado em Lisboa

Em função dos dados políticos conhecidos na autarquia de Lisboa, que é vergonhosa, judicial e criminalmente dangereuse e políticamente caótica (o que não surpreende com aquela equipa de anões partidários) os lisboetas bem poderiam dizer que no topo daquele precipício se encontram MMendes e Carmona Rodrigues. Aquele de pé e de t-shirt negra, Carmona sentado meio metro adiante, envergando de branco e pensando em suicidar-se (políticamente).
Tal a situação de devastação política a que chegou aquele executivo camarário, com os principais vereadores acusados de corrupção e já suspensos da sua actividade política, com Carmona sem autoridade alguma ou capacidade decisória para tomar uma simpes medida, nem que seja para reafectar um "almeida" da rua do Ouro para o pôr a varrer a porcaria que ambos fizeram na S. Caetano à Lapa quando Mendes decidiu que o super-boy Carmona seria o eleito para ocupar a cadeira da mais importante autarquia do País.
Os vereadores, na sua maior parte, não passam de comissários políticos feitos nas secções de votos apadrinhados pelo alegado corrupto António Preto sem qualidade intelectual, curriculo profissisonal ou qualquer outra valia política para a cidade. A equipa política, no seu conjunto, é paupérrima e fortemente permeável a essa arte tão crónica quanto indigna que é a corrupção - que, essencialmente, mistura interesses imobiliários, ambições pessoais, ganância mitigadas com todas as facilidades político-administrativas daí decorrentes para os players em campo.
Ora, numa fase de globalização competitiva, que também interfere com a vida social e económica das cidades, que hoje vivem rápidas mudanças, as cidades tornam-se, de per se, as grandes expressões concentradas e intensificadas desses mesmos problemas políticos, ou seja, a corrupção que atinge e preocupa o País como um todo. Bem ou mal, Lisboa, a capital do País, acaba por ser a vitrine dessa onda de corrupção que varre o Portugal-autárquico (feito de pato-bravismo+futebol+corrupção autárquica). É como se fosse uma falha geológica invisível na cidade que agora, com estas decobertas sobre Carmona e toda a sua "bela equipa" ratificada ao milímetro por Luís Marques Mendes, virasse num grande tremor-de-terra social e político que tudo paralisa, para despeito e prejuízo dos lisboetas e dos portugueses em geral.
Confesso aqui que logo que vi a composição desta equipa autárquica disse para os meus botões: vai haver pilhagem pela certa, será um fartar de vilanagem. Infelizmente, acertei. E aquilo a que se está a assistir, também por coresponsabilidade da oposição (mormente pelo PS, por não dispor neste momento dum candidato ganhador) ilustra o caldo de cultura dessa cobardia política autárquica, esse calculismo eleitoral que não deixa de dar de si a pior das imagens políticas deste Portugal dos caninos autárquico no 1º quartel do séc. XXI.
Em suma: Carmona (e a sua miserável equipa), com MMendes à ilharga naquele precipício esperando que Carmona se suicide (políticamente, claro está, porque morto animicamente já ele deve estar!!!), espelha bem a imagem duma Lisboa podre, corrupta, irresponsável, incompetente, traiçoeira, mesquinha, partidária e calculista que se alimenta do tráfico de influências e de pequenas, médias e grandes pilhagens - como alegadamente muitos daqueles vereadores já suspensos são acusados pelo Ministério Público.
Por isso quando um turista me pergunta pela beleza de Lisboa ou algum amigo estrangeiro me questiona se agora vale a pena visitar e permanecer na Capital para lazer e veraneio digo, invariavlemnete, o seguinte: agora não, porque Lisboa é uma cidade com muito fumo por todo o lado e cheira a plástico queimado.

UNIÃO EUROPEIA: SOCRATES DEFENDE PRIORIDADE AO TRATADO INSTITUCIONAL

Sócrates defende que a UE deve dar prioridade ao novo tratado institucional. O primeiro-ministro português, José Sócrates, defendeu hoje que a União Europeia (UE) deve dar prioridade a um "novo tratado institucional", baseado naquele que foi aprovado 2005 mas que dê também resposta às preocupações dos que o rejeitaram em referendo.
"A Europa tem que dar prioridade ao novo tratado institucional, que deve basear-se no tratado [constitucional] já assinado por todos os países, respondendo naturalmente àquilo que são as novas condições nos países onde o referendo teve votação negativa", disse Sócrates à imprensa, segundo noticia a agência Lusa, após um encontro em Lisboa com o seu homólogo húngaro, Ferenc Gyurcsany.Os dois chefes de governo coincidiram na necessidade de a Europa ultrapassar a crise política suscitada com os 'Não' francês e holandês ao Tratado Constitucional, com Sócrates a sublinhar "a necessidade de enfrentar com determinação o impasse" e Gyurcsany a manifestar a expectativa de "um desfecho positivo durante a presidência portuguesa da UE".
O primeiro-ministro português elogiou, por outro lado, as reformas que o governo húngaro está a realizar para "tornar o país mais competitivo e elevar os níveis de protecção social" e, depois de se referir ao dinamismo das relações luso-húngaras, anunciou a intenção de visitar a Hungria ainda este ano.

Carmona suspeito de prevaricação e participação económica em negócio

CARMONA É O MAIS ALTO E, COMO DURÃO BARROSO, TAMBÉM LEVA NOTA NEGATIVA.
INVESTIGUE-SE A FUNDO.
Carmona suspeito de prevaricação
E participação económica em negócio. Autarca de Lisboa ausentou-se do país, mas vai depor na quarta-feira. Proprietário da Bragaparques quer «prestar declarações o mais depressa possível» e diz que o processo é «uma vergonha» Dívidas e processos pararam Lisboa
O presidente da Câmara de Lisboa, Carmona Rodrigues, é suspeito dos crimes de participação económica em negócio e prevaricação no processo «BragaParques», referiu ao PortugalDiário uma fonte ligada ao processo

Nota negativa para Durão Barroso

Claro vaticina um longo futuro político a Sócrates

Só a sua acção (quero mesmo dizer acção e não uma qualquer verborreia) pelo desmantelar das teias burocráticas de uma administração pública parada no tempo e paralizante (ainda vive nos tempos da lei 2005 do condicionamento industrial...) (...)
Sócrates percebeu isso e, coisa rara, não se deixou paralizar nem intimidar e soube (embora nem sempre bem acompanhado nem bem assessorado) encontrar a forma de o enfrentar. Por isso, a meio deste seu mandato, a oposição está destroçada, sem ideias e sem líderes credíveis e sem horizonte (o espectáculo do PSD parece a "invencível armada" depois do seu encontro com Drake no Canal da Mancha...), enquanto o Governo continua a gozar de elevada popularidade muito depois de os media terem esgotado o seu "estado de graça".

Um case-study...

  • Obs: O momento das apostas já abriu. Decorre em S. Bento com dinheiro à vista. Tudo pela nação, nada contra a nação. Sou dos que pensam que Socas dobra o feito de Cavaco, logo irá até 2012. E um dia morremos todos, já sem saber contar...

Bertolt Brecht

Eu queria ser um sábio.
(...)
Nos livros antigos está escrito o que é a sabedoria:
Manter-se afastado dos problemas do mundo
e sem medo passar o tempo que se tem para
viver na terra;
Seguir seu caminho sem violência,
pagar o mal com o bem,
não satisfazer os desejos, mas esquecê-los.
Sabedoria é isso!
Mas eu não consigo agir assim.
É verdade, eu vivo em tempos sombrios! (...)
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De Que Serve A Bondade
De que serve a bondade
Se os bons são imediatamente liquidados,ou são liquidados
Aqueles para os quais eles são bons?
De que serve a liberdade
Se os livres têm que viver entre os não-livres?
De que serve a razão
Se somente a desrazão consegue o alimento de que todos necessitam?
(...)

Mais uma vez lembro-me dos quatro cáfilas: Bush, Blair, Aznar e Barroso

O QUARTETO DA DESGRAÇA. NATURALMENTE, NÃO SE PODE IMPUTAR O CLIMA DE VIOLÊNCIA PERMANENTE QUE SE VIVE NO IRAQUE A ESTES QUATRO CÁFILAS, MAS DA SUA ACÇÃO POLÍTICA COLECTIVA RESULTOU O QUADRO POLÍTICO EXPLOSIVO QUE HOJE FACILITA ESTA VIOLÊNCIA. INDIRECTAMENTE, SÃO TREMENDAMENTE RESPONSÁVEIS PELO ESTADO ACTUAL DO IRAQUE: AS ARMAS QUÍMICAS NÃO EXISTIRAM, A GUERRA FOI ILEGAL E ILEGÍTIMA, HOJE A SOCIEDADE IRAQUIANA ESTÁ DE RASTOS E DOS QUATRO TRÊS ESTÃO DE SAÍDA...
Iraque: 58 mortos e 170 feridos no atentado em KerbalaPelo menos 58 pessoas foram mortas e 170 ficaram feridas num atentado com um carro armadilhado na cidade santa xiita de Kerbala, a sul da bagada, de acordo com um novo balanço fornecido pelo Ministério da Saúde iraquiano.
De acordo com o porta-voz do Ministério, a cidade foi cercada pela polícia depois da explosão registada na entrada de al-Kabla do mausoléu do imã Abbas, tendo sido decidido impor o recolher obrigatório entre as 20:00 de hoje a as 08:00 de domingo (17:00 de hoje e 05:00 de domingo em Lisboa).
Entre as vítimas contam-se sobretudo mulheres e crianças

Uma má notícia da Bolívia - via Cuba -

El presidente boliviano ha asegurado que tiene información de una "gran movilización que van preparando en Cuba" para celebrar el retorno de su mandatario al poder. El presidente de Bolivia, Evo Morales, ha asegurado que su colega Fidel Castro reasumirá la presidencia de Cuba el próximo martes 1 de mayo y ha afirmado tener información de una "gran movilización" que preparan para la ocasión en ese país. "Estoy seguro de que el primero de mayo el compañero Fidel se va a integrar a seguir gobernando Cuba y Latinoamérica", ha anunciado Morales, según publica hoy el diario local La Razón. (...)
  • Obs: Nunca um povo, uma sociedade precisou tanto da morte dum homem para poder ser feliz, ascender à democracia, ao desenvolvimento e ao efectivo progresso - que tem sido mascarado durante meio século com um primata barbudo que tem um ódio de estimação aos EUA, e com isso escravizou um povo inteiro. Não é Justo. Reclame-se por Justiça divina. E, já agora, que se estenda essa mesma justiça à América cabonita de g.w. Bush, o maior mentecapto da história da República Imperial.

Morreu o físico e filósofo alemão Carl von Weiszaecker

Irmão do antigo Presidente alemão
Morreu o físico e filósofo alemão Carl von Weiszaecker
28.04.2007 - 23h04 AFP, PUBLICO.PT
O físico e filósofo alemão Carl Friedrich von Weiszaecker, irmão mais velho do antigo Presidente Richard von Weiszaecker, morreu hoje aos 94 anos.(...)
Especialista em física quântica e nuclear, era o último sobrevivente da equipa que durante a II Guerra Mundial tentou, sem sucesso, desenvolver a bomba atómica. Mas quando as forças americanas capturaram o laboratório que dirigia em Estrasburgo perceberam que o grupo estava longe do segredo da bomba.Em 1946, é autorizado a regressar à Alemanha, passando a chefiar o departamento de física teórica do Instituto Max Planck de Goettingen. Na década seguinte, contudo, abraça o estudo da filosofia, leccionando na Universidade de Hamburgo até 1969.No ano seguinte, funda o Instituto Max-Planck para a Investigação das Condições do Mundo Moderno, em Starnberg, que iria dirigir até 1980 juntamente com o filósofo Jurgen Habermas.Durante esses anos publicou várias obras sobre os riscos de uma guerra nuclear, o conflito entre o ocidente e o terceiro mundo e as consequências da degradação ambiental, sem nunca abandonar o estudo da física quântica. (...)

Uma boa notícia: o FCP perde com o Boavista

FC Porto não «passa» no Bessa
O Boavista venceu por 2-1 na recepção ao FC Porto, travando a caminhada dos «dragões» rumo ao título, em jogo da 27.ª jornada que tem como ponto alto o «derby» Benfica-Sporting deste domingo, no Estádio da Luz. Campeonato ao rubro! ASF Estádio do Bessa, no Porto

"Que Deus me ajude Senhor"... - dirá Carmona

E o ganda noia ri-se, será porque já começa a ver a luz ao fundo do túnel.. na autarquia de Lisboa. Depois, em 2014, quando for mais crescido e estiver mais maduro, volta a candidatar-se a S. Bento, aí os portugueses já se esqueceram dos erros e vícios que tem protagonizado na "liderança" deste PsD.

sábado

Elvis Costello - She, às leitoras do Macro

Elvis Costello - She
Desta categoria estão excluídas todas aquelas mulheres que entretanto transitaram de sexo e hoje são "homens" ou quase..

Julia roberts...she(elvis-costello)beautiful,amazing,talente

Imagem da noite: a nova agricultura

Imagem picada no blog Notícias da Aldeia que continua a merecer ser lido com atenção, apesar do pó e da "guerra" de concorrência que faz à venda de tractores...

Anedota do dia: Carmona evade-se para Inglaterra para ver motos...

Carmona Rodrigues em Inglaterra para ver... motas O presidente da Câmara de Lisboa ausentou-se do País para assistir a uma exposição de motos antigas em Inglaterra. Apaixonado pelos veículos de duas rodas, Carmona Rodrigues 'abandona' a autarquia num momento difícil. Será que regressa? Debaixo de fogo devido ao facto de ter sido constituído arguido no caso-Bragaparques, Carmona Rodrigues preferiu esconder-se no silêncio e, agora, na ausência, no momento mais difícil da sua liderança. O líder da Câmara lisboeta escolheu uma fase crítica para 'abandonar' o seu posto: quando mais se exigia a sua presença. Num labirinto de problemas, Carmona conseguira escapar às questões dos jornalistas, na cerimónia de inauguração do túnel do Marquês. E escapa de novo ao mediatismo. (...) "
Obs: É, de facto, nos momentos difíceis que se vê a qualidade e a destreza moral dos homens de fibra: uns enfrentam as adversidades no seu posto de comando; outros metem o rabinho entre as pernas e evadem-se do seu próprio destino, revelando cobardia política, falta de carácter e uma congénita inaptidão para essa nobre arte e técnica que (deveria) ser a política. Mas o culpado de todo este empolamento é MMendes por ter imposto ao partido, a Lisboa e ao país alguém que não reunia os padrões mínimos exigidos para o lugar. E o modo como dialogou com Maria Carrilho naquele debate da Sic, após o tribunal ter decidido da questão da casa de banho no ministério da Cultura, o engº carmona o único argumento político a que recorre remete para uma tentativa de assassínio de carácter. Tudo isso revelou um mau prenúncio, porque escondia uma terrível incompetência política e uma ausência de visão integrada para o futuro da Capital.
Mesmo como independente, Carmona não deixa de ser um sub-produto, um resíduo político deste PsD, não há acto de gestão corrente que não tenha o beneplácito de Mendes. Creio até que quando Carmona arrota ou vai ao WC Mendes sabe e regista isso no seu mijómentro político que tem na S. Caetano à Lapa.
Portanto, esta evasão momentânea de carmona traduz a sua verdadeira natureza: alguém que vira as costas aos problemas, um temerato que está comprometido, alguém que tem medo das suas próprias palavras aos jornalistas, denunciando cobardia política mas, em rigor, nada disto me surpreende, posto que carmona teve bons "mestres". Ou seja, ele pôs os olhos em Fujão Barroso que também preparou a sua fuga para Bruxelas deixando então Portugal a arder entregue a SLopes.
A única diferença é que Carmona diz que foi ver motos a Inglaterra, o zé das fritas foi comprar couves de Bruxelas e acabou por ficar. Ambos os casos são verdadeiramente lamentáveis, para não dizer execráveis do ponto de vista político e até pessoal. Portugal merecia melhor e um dia a República julgá-los-á no verdadeiro tribunal da opinião pública portuguesa.

Quanto terá custado esta gargalhada a Paulo Teixeira Pinto/Opus?!

QUE ME RECORDE NEM CAVACO A COMER BOLO REI É TÃO ESCANCARADO...
in Expresso (ass.)
Manifestamente contentes, Fernando Ulrich e Santos Silva garantiram o apoio dos accionistas de referência e 13 meses depois matam de vez a OPA do BCP sobre o BPI. “Não acredito em operações hostis. Foi uma temeridade lançar uma OPA destas sem haver bases para o fazer”, afirma Santos Silva

"A queda do anjo": o regresso de Paulo Macedo ao BCP, logo agora que perdeu a OPA ao BPI. Uma desgraça nunca vem só...

Quando um dia se historiar quem em Portugal mais intensamente desmontou a vacuidade do pensamento e praxis de Paulo Macedo na DGI terá, forçosamente, de se reconhecer que essa tarefa intelectual e lógica coube ao Jumento. Honra lhe se ja feita, até porque seria uma pura estupidez o Estado poder pagar a um quadro qualificado cerca de 600/700 cts obrigava-se a pagar 5 vezes mais só por causa duma relação privilegiada mantida ao tempo de Ferreira leite. O princípio da igualdade deve prevalecer, e a República não tem génios, tem homens preparados e outros que não o são. Os cemitérios é que, por regra, estão repletos de génios, mas esses também não falam,e duvido que sejam especialistas em finanças. Director-geral dos Impostos já comunicou que regressa ao BCP (Publico, ass.,)
28.04.2007, Cristina Ferreira e Vítor Costa A requisição de Paulo Macedo ao BCP foi considerada na altura pelo jurista Vital Moreira como "ilegal, inconveniente e insustentável" O director-geral dos Impostos, Paulo Moita Macedo, deverá regressar ao Banco Comercial Português (BCP) e, como tal, abandonar o cargo que actualmente ocupa. Esta informação é dada como certa junto de altos quadros da instituição financeira liderada por Paulo Teixeira Pinto, que desconhecem que lugar irá este gestor ocupar. A possível saída para o BCP de Paulo Macedo, que acaba o seu mandato à frente da Direcção-Geral dos Impostos (DGCI) no próximo dia 3 de Maio, quinta-feira, vai pôr fim a mais de meio ano de dúvidas em relação à sua continuidade à frente dos Impostos. [...]
  • Obs: Solicite-se novo parecer ao douto Vital Moreira cujas sebentas de há uns anos nem para atear lareiras serviam.

Putin e o Ocidente - por Vasco Pulido Valete -

Putin e o Ocidente
28.04.2007, Vasco Pulido Valente "A Rússia, ou, mais precisamente, a Federação Russa, considera que a República Checa, a Eslováquia, a Polónia, a Roménia, a Bulgária, a Ucrânia, a Lituânia, a Estónia, a Letónia, a Finlândia e a Bielorrússia fazem parte, como se dizia dantes, do seu "cordão sanitário". Ou seja, do seu "cordão de segurança". Só o hábito de chamar "Rússia" ao antigo império czarista e à URSS, como se chamava e chama Inglaterra à Grã-Bretanha, levou o Ocidente a pensar, em 1914, que Rússia começava na fronteira da Áustria e da Prússia Oriental e a supor, a seguir, que a invasão de Hitler foi a invasão da "Rússia" e que as grandes batalhas da II Guerra Mundial foram em território "russo", quando a parte desse território de facto ocupada pelo Exército alemão não chegou sequer a 10 por cento.
Isto é importante para perceber o último discurso de Putin. Depois da queda do regime soviético, a "Europa" e a NATO, aproveitando a fraqueza de Moscovo, entraram à vontade pelo "cordão sanitário", que desde o século XIX tinha sido visto como garantia indispensável de sobrevivência. Enquanto não se tocou no essencial (a Ucrânia e a Bielorrússia) como não se tocou (ou quase não se tocou) e não se deram a ninguém armas nucleares, tudo correu bem. Mas quando a NATO resolveu instalar sistemas de defesa antimíssil na República Checa e na Polónia, Putin não podia deixar de reagir. Não é porque os sistemas de defesa antimíssil ameacem a Rússia, que, por natureza, não ameaçam. É porque são, pelo menos na aparência e provavelmente na substância, um gesto de independência e, pior ainda, de hostilidade.
Não se trata, como por aí se escreveu, de um regresso à guerra fria. O problema está em que a Rússia não vai permitir que a cerquem de Estados militantemente hostis, do Báltico ao mar Negro, e teme o precedente da Polónia e da República Checa. Putin sabe, como sabia a "inteligência" czarista, ou a melhor parte dela, que o desenvolvimento económico e cultural da Rússia depende, em última análise, do Ocidente. Se a isolarem, se a tratarem como pestífera, voltará à sua velha condição de potência asiática, atrasada e tendencialmente expansionista. Suspendendo o Tratado sobre Armas Convencionais na Europa, a Rússia de Putin manda um recado muito sério a Washington e Bruxelas: não tenciona tolerar um "cordão sanitário", desta vez contra ela, nem prescinde de um "corredor" para o Ocidente. O que se compreende".
Obs: Vasco tem razão, temos de tratar bem a Rússia do sr. Putin senão eles voltam a "comer criancinhas" ao pequeno almoço, e depois o camarada Jerónimo volta a reclamar a instauração das velhinhas democracias populares de partido único no burgo. E o seu lacaiosinho de serviço, um tal bernardo continua a defender que a Coreia do Norte é uma democracia exemplar.. Mas sobre o legado político do alcoólico Yeltsin Vasco não disse uma palavra, porquê será?
Na lógica da Guerra Fria era a força militar que condicionava a política, hoje, ao invés, verifica-se uma economização da decisão política, e não creio que a ineficiente economia russa esteja em condições de ditar o que quer que seja, e se virar para a Ásia - fechando-se a Ocidente - ainda será pior, de modo que Putin tem de voar baixinho e falar mais em economia e menos em armas e, de caminho, podia ser menos "bandido" na forma como alegadamente trata os ex-kgb que resolveram investigar conexões perigosas que remontam ao tempo da outra senhora. Enquanto o herdeiro de Yeltsin mandar enevenenar pessoas para silenciar problemas o Ocidente terá naquele regime um problema permanente.
Quem gosta de negociar com assassinos... Nem de cavalos!!!

Sampaio é nomeado "papa" do diálogo intercivilizações

O dr. sampaio é uma simpatia de pessoa, afável, informal, põe as pessoas à vontade e eu que o diga, pois em 1996 até tive a oportunidade de receber o prémio de comemoração do cinquentenário da ONU atribuído por ele próprio, recém eleito. Mas daqui não decorre que o ex-PR seja agora, por tudo e por nada, nomeado para funções internacionais para as quais não tem preparação intelectual ou qualquer experiência assinalável na área. É assim nas questões de luta contra a tuberculose, é assim agora com esta nomeação pelo novo Secretário-Geral da ONU para o diálogo intercivilizações - só porque sim - ou se leu Roger Garaudy na década de 70 ou se dispõe de alguns contactos internacionais e algumas ligações ao Médio Oriente. Julgo que é curto...

Naturalmente, numa era globalizada há sempre a necessidade de compreensão mútua e de diálogo, posto que o fundamentalismo e o fanatismo, decorrentes de leituras degradadas dos textos matriciais, abrem sempre possibilidades de violência que fazem perigar a estabilidade nas sociedades europeias. Mormente nos casos de violência inspirados pelo fundamentalismo islâmico e cristão, os exemplos na filiação religiosa são comuns, mas nos últimos anos emergirão outros choques no seio no arco islâmico - que vai de Marrocos à Indonésia, o que globaliza sériamente o problema.

Consabidamente, hoje pessoas de tradições, crenças e culturas diferentes, senão mesmo contrastantes estão crescentemente em contacto uns com os outros nessa vitrine em tempo real em que se converteu o mundo. Desde o mundo científico, religioso, político, económico e empresarial - todos hoje falam com todos em tempo real, ainda que, por vezes, pouco ou nada digam à humanidade. Mas à medida que vamos interiorizando esta forma de ser e de viver verdadeiramente globais, ainda que fronteire com o conceito de multidão solitária de D. Riesman, somos obrigados a viver de uma forma mais aberta e reflexiva, a exigir o "tal" diálogo intercivilizações essencial à paz, à estabilidade e ao desenvolvimento material e espiritual dos povos. Eis o principal modo de dissolver e de aplacar a violência entre governos, sociedades e povos distintos.

Confesso, contudo, que não encontro correlação desta problemática com o perfil profissional e a formação intelectual do dr. Sampaio para o desempenho de mais estas importante (e simbólicas) funções internacionais. Mas posso estar enganado, e a sua praxis política e cultural vir a revelar-se um autêntico golpe de asa capaz de trazer paz ao mundo e instalar o paraíso na Terra nesta nova cosmopolis.

Esperemos, por este andar de nomeações abstrusas, que amanhã ninguém da Federação Portuguesa de Futebol se lembre de nomear o inefável Sampaio para futuro treinador da Selecção Nacional. Porque se o fizeram ele vai novamente dizer que SIM!!!

O que me faz perguntar: afinal, atrás de que bola corre Sampaio?!

PhD, Virginia Tech (1982)

ANTÓNIO CÂMARA
Todos os sonhos são possíveis se perseguidos com coragem, determinação e entusiasmo
(link, Expresso ass.)
Em 1989, um estudo coordenado por Charles Steger em Virginia Tech antecipava a utilização da Internet no ensino. Não haveria a necessidade de tantas aulas formais mas o contacto entre estudantes e professores tinha que ser mantido. Por isso propunha que algumas salas se convertessem em bares. Ainda hoje apoio esta proposta.
Steger, actual presidente, foi o meu primeiro mentor. Virginia Tech foi a Universidade em que obtive o PhD e em que mais tarde fui professor visitante. Ficaram tristemente célebres em 16 de Abril. A poetisa Nikki Geovanni, no seu notável discurso ‘We are Virginia Tech’, disse bem: nem eles nem ninguém merece uma tragédia daquelas proporções.
Esse dia trágico contrasta com muitos outros em que a equipa de futebol americano de Virginia Tech entrava em campo ao som dos Metallica perante a alegria de 65.000 representantes da Hokie Nation, os mais de 200.000 estudantes e professores que estiveram associados à Universidade. Entre estes contam-se dois Prémios Nobel e inúmeros outros líderes em mais de cem países.
Na entrada da escola de Engenharia, em Norris Hall, uma capa da ‘Time’ com Christopher Columbus Kraft, o lendário director do Houston Space Center imortalizado no filme ‘Apolo 13’, lembrava-nos diariamente que todos os sonhos são possíveis se perseguidos com coragem, determinação e entusiasmo. Chris Kraft, vindo da Virginia rural, sempre teve uma independência quase insolente bem patente num outro Hokie famoso: Jim Buckmaster, o CEO idealista de Craiglist, um dos mais visitados «sites» do mundo, e personagem central do vídeo ‘Wall Street meets California Cool’.
Tom Wolfe, que viveu no campus, retratou exemplarmente esta atitude em ‘The Right Stuff’. Este livro era sobre os primeiros astronautas americanos mas poderia ser também sobre o espírito de Kraft e Buckmaster, e de todos aqueles que adoptaram a aventura do empreendedorismo como modo de vida. Sempre esteve e estará presente em Virginia Tech.
Presidente da Y-Dreams
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Gabriel O Pensador Astronauta

BPI "mata" definitivamente a OPA do BCP. No passaran

Ulrich não sabia da subida do preço das acções oferecida in extremis pelo BCP e quando soube também se mostrou indiferente. Não conheço maior humilhação do que esta a Paulo Teixeira Pinto - que partiu para a Opa ao BPI como quem tinha as favas contadas. Teve azar... E aquela gargalhada de Artur Santos Silva diz tudo...
Foi uma apresentação de resultados única a que teve lugar no BPI, dia 24 de Abril. [in Expresso assi.]
A pouco mais de cem metros de distância já havia começado a divulgação de resultados do BCP e no ar pairava uma dúvida: será que o banco presidido por Paulo Teixeira Pinto iria anunciar uma revisão do preço da Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre o BPI?
A resposta não tardou. Do outro lado da rua Teixeira Pinto fez o anúncio: subiu o preço de 5,7 para 7 euros.
Na sala repleta de jornalistas, um ruído de fundo desconcentrou Fernando Ulrich, enquanto debitava sobre os bons resultados do banco. Foi visível a agitação da equipa do BPI na hora H: os telemóveis deram a notícia quase em directo e alinhados os seis membros da comissão-executiva - António Domingues (vice-presidente), e os vogais José Pena Amaral, Maria Celeste Hagatong, António Farinha Morais, Manuel Ferreira da Silva e Pedro Barreto - liam atentamente os sms que chegavam. O BCP aumentara o preço em simultâneo com a conferência do BPI, jogando a última cartada. Enquanto isso, Fernando Ulrich que começou a apresentação 15 minutos mais tarde, falava sobre rácios de eficiência, entre outros indicadores que se tornaram secundários.
Atento, o presidente do BPI fez uma pausa na apresentação e deu início a um período de perguntas e respostas.
A pergunta não se fez esperar: “o BCP acaba de subir o preço para sete euros, estava à espera”? “Não sabia”, afirmou sem demora Ulrich. “O que lhes posso dizer é que esta equipa acredita que com o projecto BPI continuaremos a criar um valor para os accionistas superior à proposta do BCP”. Após um silêncio perturbador, adiantou: “o presidente do conselho de administração deverá pronunciar-se sobre a nova oferta”.
Novas perguntas surgiram: “Ficou desapontado com o preço? Como interpreta a queda das acções do BPI?; É uma boa proposta para os accionistas de referência - La Caixa, Itaú e Allianz?”, entre outras questões, que embora com formulações diferentes iam dar ao mesmo: será que os accionistas do BPI vão aceitar a oferta?
Fernando Ulrich chutou as respostas para a frente, sem deixar de dizer que “quem não tenciona vender um activo não está à espera de preço e tanto os 5,7 euros como os sete euros são preços ridículos”. Quanto à cotação do título BPI disse ser expectável. Na altura em que foi lançada a OPA, a 13 de Março de 2006, a acção do BPI valia 4,79 euros, depois ultrapassou os 6,5 euros e “é perfeitamente natural que haja agora um período de ajustamento”. [...]

Fiel e infiel - por Carlos Fiolhais -

Fiel e infiel (Publico, assin.)
27.04.2007,
Carlos Fiolhais
"Não lembraria a ninguém que se tenha de pagar menos se se for fiel e que se tenha de pagar mais se se for infiel. Descobri isso à minha custa. Ninguém na empresa de comunicações móveis de que sou cliente (ou melhor, era) me havia informado que eu tinha de lhe ser fiel durante um tempo (vá lá que não era para sempre, na saúde e na doença, até que a morte nos separasse), quando me deram um contrato para assinar. Devia estar em letras miudinhas, muito miudinhas. Mas eu, mesmo sem saber da obrigação jurídica, vivi na maior fidelidade até ter avariado uma peça de hardware. Aí disseram-me que tinha de fazer um novo contrato, mas - azar meu - tinha de me manter fiel ao primeiro pelo prazo estabelecido, isto é, tinha, apesar de não usufruir do serviço, de respeitar o compromisso de fidelidade. Não gostei de saber. Eu queria mesmo ser fiel àquela empresa, que me tinha assegurado fartas e boas comunicações durante largos anos. Mas só pagando um contrato e não dois. E não percebia bem porque é que tinha de fazer segunda fidelização se já tinha a primeira, ou, em alternativa, porque é que tinha de fazer um contrato, mais caro, de infiel, quando tinha um outro, mais barato, de fiel. Seria, de resto, uma situação bastante caricata ser fiel e infiel ao mesmo tempo e logo à mesma pessoa, quero dizer empresa. Seria como o gato de Schroedinger, meio morto e meio vivo... Expliquei o evidente paradoxo à senhora que me atendeu no centro das telecomunicações nacionais que fica nas Picoas, em Lisboa. Mas ela não estava interessada na lógica, ou melhor, a lógica da empresa devia ser quântica, enquanto eu queria uma lógica clássica. E, megarrápida, começou a tratar-me por "senhor Carlos". Também não gostei de ser assim tratado. Porque ou ela tinha suficiente intimidade comigo e me tratava pelo primeiro nome ou então não tinha e teria de acrescentar ao "senhor" o meu nome de família. A última pessoa que me tinha tratado por "senhor Carlos" tinha sido uma enfermeira com uma seringa na mão e, dessa vez, dadas as circunstâncias, não reagi. Mas nas Picoas fiquei picado, até porque não me lembrava de o doutor Lindley Cintra ter incluída essa entre as formas de maior cortesia que constam do seu livro Sobre "Formas de Tratamento" na Língua Portuguesa. Devia ser uma forma de tratamento moderna, ministrada nos cursos rápidos de formação dos operadores (no caso, dizer que houve um curso rápido é muito favorável, pois suspeito de que não deve ter havido curso nenhum).Não, não havia ninguém acima na hierarquia para falar com o fiel cliente. O cliente naquele sítio não só não tinha razão como nunca teria razão (the client is always right é uma expressão inglesa, a qual, eu já devia saber, não tem tradução em português). Eu tinha mesmo de continuar a ser fiel e era assunto arrumado. A empresa não gostava obviamente de mim, mas queria-me preso a ela. Senti-me, salvo seja, trancado numa prisão. E, como todo o prisioneiro aspira à liberdade, tomei a súbita resolução de fugir. Ir-me embora para outra. Quando um cliente não tem razão num lado, espera tê-la noutro. Na pressa de me evadir, nem sequer contemplei a hipótese de todas as empresas de telecomunicações terem contratos de fidelidade escritos em letras minúsculas e de todas elas me tratarem por "senhor Carlos". Mas, antes de escapar, ainda dei uma chance à minha fiel companheira de tantas chamadas durante anos a fio (ou, se me é permitido o trocadilho, durante anos sem fio). Se fizesse o favor, importava-se de comunicar comigo se acaso houvesse alguma reconsideração? Assim que saí, com a sofreguidão da infidelidade, à procura de outra, soou o "bip" das mensagens. Era a minha ex-empresa, à qual eu tinha de ser fiel, e a esperança renasceu. Mas ela, em vez de me dar razão e me querer de volta, queria apenas vender-me bilhetes para um concerto rock, com um desconto por ter acumulado não sei quantos pontos. Que pena estar já tudo acabado entre nós!"
Professor universitário
(tcarlos@teor.fis.uc.pt)
Já agora fica aqui o site deste cientista de mérito e de renome internacional.
Foi uma pena o Carlos Fiolhais não ter titulado em letras garrafais essa operadora, que fica em Picoas, assim ficaríamos todos mais e melhor prevenidos, e como a lei dos grandes números rápidamente se converte em força de marketing - talvez assim a operadora em questão, doravante, pensasse duas vezes em querer ter relações estranhas com os clientes depois de os ter "aprisionado" durante anos e, para agravar as coisas, pretender que os clientes se deitem para a estrutura accionista continuar a passar com o rolo compressor através dos milhões de euros que faz de lucros por ano. Foi uma pena Carlos Fiolhais, mas pondere, pois ainda vai a tempo... É que se essa operadora perder clientes, também perde dinheiro, e perdendo ambas as coisas pode alterar a regra que obriga a essa relação esquizofrénica que acabou de narrar com graça.
Se os clientes se organizarem em rede (denunciando esse tipo de situações), e estou eu a explicitar isto a um cientista (que curioso!!) as empresas dobram-se, são chamadas à pedra no sítio onde lhe dói mais: nos lucros (cessantes). Depois até pedem desculpa aos clientes, e algumas até lhes oferecem um Tm novo de gama alta com um pacote integrado de créditos para falar e falar e falar e falar...

Até lá vamos todos fingir que se trata do Príncipe dos Emirados Árabes Unidos, mas sem petróleo...

Carmona é o 4º arguído no processo Bragaparques
Carmona Rodrigues vai ser ouvido na próxima quarta-feira (link)
27.04.2007 - 17h27 Lusa, PUBLICO.PT
O presidente da câmara de Lisboa, Carmona Rodrigues, vai ser ouvido na qualidade de arguido na próxima quarta-feira, no âmbito do processo Bragaparques, avança um comunicado do PSD-Lisboa divulgado esta tarde. (...)

Oferta para Cavaco no 25 de Abril de 2008..., para deixar de ser Omisso

Gabriel O Pensador - Astronauta - Provavelmente a melhor letra de sociologia da cultura e do Rizoma

Gabriel O Pensador Astronauta

António Vitorino dá uma tonelada de ferro à memória de cavaco - que anda amnésico do Portugal contemporâneo

António Vitorino
jurista
[...]
Nenhuma democracia com preocupações sociais pode ignorar o efeito demolidor da sua legitimidade provocado pelo crescimento das desigualdades sociais. Nesse plano, o legado destes 33 anos está longe de poder ser considerado como minimamente aceitável. Só que no mundo globalizado em que vivemos, o combate às desigualdades já não pode ser eficazmente levado a cabo com base numa visão meramente assistencialista que sustenta uma rede de protecção geral face aos riscos sociais. A selectividade das prestações sociais aliada à prossecução de políticas activas de reinserção social é o caminho a seguir, mas entre nós ainda não encontramos o justo ponto de equilíbrio entre uma e outras.
A condenação da discriminação racista e xenófoba constitui, por seu turno, um pressuposto de convivência social incontornável em sociedades abertas e democráticas, cada vez mais plurais e heterogéneas na sua composição social. Perante algumas manifestações recentes deste tipo de intolerância, confesso que teria gostado de ouvir uma palavra do Presidente da República sobre a matéria. Também assim se melhoraria a qualidade da nossa democracia.
António Vitorino chama a atenção para uma estranha e surpreendente omissão do discurso de Cavaco no dia 25 de Abril. Das duas uma: ou o PR não deu importância a esses sinais xenófobos e racistas por uma questão de formação cultural e cívica; ou continua a não ler jornais, ou os assessores que lhe escrevem os discursos, por serem mangas-de-alpaca treinados na burocracia (amorfa) bruxelense, só conseguem interpretar gráficos e estatísticas, tudo quanto envolva a conduta humana e os seus desvios ao nível dos grandes agregados é metier que já não dominam.
Sugira-se a Cavaco que antes de ler publicamente os seus discursos os passe ao crivo dum assessor a sério que saiba de política e tenha uma sólida formação cultural e histórica, o que não é certamente o caso do melancólico e durmente João espada - a que Vasco Pulido Valente, por ser mauzinho, apelida de Gengis Khan.. Credo!!!
Em português corrente diria: o PR não deve ser omisso e assobiar ao cochicho em matérias tão sensíveis como estas que envolvem a segurança nacional e internacional da própria UE... Essas omissões só premeiam e dão força aos energúmenos neofascistas que andam por essa Europa fora tentando crucificar os desgraçados dos imigrantes que aceitam trabalhos rejeitados pelos nacionais, salários baixos e, ainda por cima, pagam impostos cujas receitas servem para o Estado providenciar serviços aqueles cáfilas que não passam dum bando de desordeiros com personalidades desviantes e cumplices duma ideologia assassina e duma praxis verdadeiramente repugnante pelo Ocidente civilizado, e que fez "só" seis milhões de mortes de judeus na IIGM. Cavaco deve ter-se esquecido desta pequena nota de roda-pé na história do séc. XX.
Mas como Cavaco - da História - só sabe aquela a partir da qual ele passou a ser PM, a verdadeira estória para o actual PR começa na rodagem do seu pó-pó à Figueira da Foz, acompanhado da sua Maria. Logo, a história para Cavaco tem pouco mais do que duas décadas. E se lhe perguntarmos quando é que foi a Revol. Francesa aposto que ele ainda responde que foi 2h. após ter ganho a maioria absoluta no comício na Alameda D. Afonso Henriques...
Também aqui é dever das democracias combater esses radicalissmos. Mas o problema de Cavaco é crónico e remonta à história da sua própria história: cultura, cultura, cultura, cultura, história, história, história..
E o mais grave é que aqueles assessores de alto gabarito também não devem ler jornais ou vivem numa redoma. Pode bem pregar António Vitorino aos peixes de Belém que esse tipo de coisas - ao nosso douto PR - passam-lhe ao lado. Só espero agora que não se descubra que Cavaco também deu aulas (de estória!!!) na Uni, como MMendes...
Safa...