sábado

A direita e a drª Nogueira Pinto

A direita e a dra. Nogueira Pinto (in Público)
Vasco Pulido Valente
Parece que a demissão da dra. Maria José Nogueira Pinto do CDS e da Câmara de Lisboa revela que à direita "o rei vai nu". Não se compreende porquê. A dra. Maria José Nogueira Pinto foi (não sei se por esta ordem) subsecretária de Estado da Cultura, directora da Maternidade Alfredo da Costa e directora da Misericórdia de Lisboa. É uma alta funcionária, não é uma política. Por muito que lhe custe, os políticos são eleitos, não são nomeados. Que ela agora tenha resolvido deixar o posto, na essência honorífico, de presidente do conselho nacional do CDS e o cargo de vereadora, que deve ao CDS, não diz rigorosamente nada sobre a direita. A importância real da dra. Maria José Nogueira Pinto não corresponde à importância que ela a si própria se atribui. Daqui a uns meses ninguém se lembrará da personagem.
Mas, de facto, com ou sem a dra. Nogueira Pinto, há uma crise na direita. Não por acaso a "intenção de voto" no PSD chegou abaixo do voto efectivo de Santana na eleição de 2005. Embora Marques Mendes ainda controle o aparelho, as divisões do PSD vão fundo e vão longe. Por um lado, não se vê maneira de fabricar uma unidade qualquer, mesmo de fachada, capaz de convencer o cidadão comum: a ala populista não é conciliável com a ala "tecnocrática", que sempre governou em nome do partido. E, por outro, Marques Mendes falhou no principal. O PSD precisava de estratégia clara e consistente, que o identificasse como oposição e o distinguisse de Sócrates. Por causa de Cavaco ou por pura incompetência, acabou por resvalar para um protesto contínuo, sem relevância ou lógica, que deixou de se ouvir e abre a porta ao tumulto geral. Isto quanto ao PSD. Quanto ao CDS, o de hoje ou o de ontem, com um presidente em part-time e o grupo parlamentar em conflito com a direcção, não serve e nunca serviu para coisa alguma.
A direita não percebeu que Sócrates, consciente ou inconscientemente, abriu uma nova época na política portuguesa. O autoritarismo, o equilíbrio financeiro e a administração austera, que, à mistura com um programa "modernizador", alimentam o mito oficial de Sócrates vieram da direita, não vieram da esquerda. Para sobreviver, a direita tem de rejeitar a hipocrisia intrínseca do regime e tratar o país com mais realismo e menos propaganda. À cultura do poder que Sócrates conseguiu impor ao país, só se responde com uma nova cultura: com uma contracultura. E não me cheira que neste capítulo a dra. Nogueira Pinto faça muita falta.

Sonoridades...

Santa Esmeralda - Don't Let Me Be Misunderstood

BONNY M DADDY COOL

Shakira - Illegal
Guerra dos Idiotas - EPISODIO 1

Shakira - Hips don't Lie - Verarsche

As notícias em Portugal continuam a não prestar... Recorro a Mr. Bean

Estreia esta quinta-feira: «Mr.Bean em Férias» Numa tarde chuvosa em Inglaterra, Mr. Bean fica encantado ao descobrir que foi o feliz vencedor do primeiro prémio nas rifas da sua paróquia: uma semana de férias no sul de França e uma câmara de vídeo, novinha em folha!
Mas esta viagem rapidamente se transforma no caos absoluto, uma vez que a conhecida personagem semeia inadvertidamente a destruição onde quer que vá.

Obs: Sugira-se aos administradores - presentes e cessantes - da UnI que ponham os olhos nisto e façam algo de mais divertido sem penalizar os alunos. E que tal, um ensino de qualidade sem negociatas de permeio nem envergonhar o País... Pergunto-me se Mr. Bean não daria um bom reitor interino da Uni.

Intangíveis II..

Deus seria o mais perfeito se existisse...

O passado revisitado - por António Costa Pinto -

O passado revisitado (link) António Costa Pinto
Professor universitário
Tivemos uma semana "Salazar". Não houve nenhum cronista ou comentador que não tivesse dado a sua opinião.
Nem a crise no PP nem qualquer medida governamental chamaram a atenção.
Aproveitando a ocasião, até um micropartido de extrema-direita captou a atenção dos media.
Seria irresponsável dizer que a coisa não teve impacto, mas este discurso sobre as misérias da nossa democracia como responsável pelo acontecimento tem pouca base, até porque ele é parte integrante das características de qualquer regime democrático. O mesmo se passa com o passado. Como já foi dito e redito, se não fosse um concurso mas uma sondagem com amostra representativa, os velhos heróis do passado estariam de boa saúde, como têm ilustrado os estudos de opinião publicados nos últimos anos. O que é interessante aqui é a consciência identitária que os portugueses demonstram, escolhendo os agentes da construção real e imaginária da nacionalidade, de Afonso Henriques a Camões.
Eu pensei que com a modernização imediatista, acompanhada de um grande deficit educacional, os que telefonaram para a RTP incluiriam neste tipo de concursos alguns futebolistas e apresentadores de televisão, mesmo sabendo que eram poucos. Erro. Votaram alguns activistas em três personagens do século XX, mas o passado mais remoto está de relativa boa saúde. É esse que é ainda hoje um património comum, mesmo que ele represente, ironicamente, uma acentuada continuidade entre o velho nacionalismo republicano e boa parte do salazarista. Apesar da descolonização re-cente, a gesta imperial do passado goza também de boa de boa saúde em Portugal.
Agora o que é enervante é o discurso próximo do populismo, que tenta sempre ver nas imagens benignas do passado autoritário uma consequência da "podridão da de-mocracia" actual. A vantagem dele é ter a variante de esquerda das "promessas de Abril por cumprir". Nesta área, felizmente, o PCP ainda existe. No dia em que houvesse um colapso rápido deste partido em conjuntura de crise, talvez o espaço populista estivesse criado e ainda víssemos muitos eleitores, num concurso bem mais sério, passarem de Cunhal a Salazar. Até agora, para nosso bem, as duas variantes ainda não se juntaram".
Obs: Vale bem a pena ler mais este artigo de António Costa Pinto acerca da consciência identitária dos portugueses que, em bando infotecnológico, telefonaram para o programa da Srª dona Mª Elisa para alcançar o "brilhante" resultado que é conhecido: ratificar o velho "Botas". Não sendo uma manifestação estruturante na sociedade portuguesa, não deixa de representar um sinal de que quando procuramos racionalizar o nosso passado à luz do presente registamos um gap terrível acerca do padrão de intencionalidade que ainda está instalado numa parte (ainda que segmentária) da sociedade portuguesa. E que neste tipo de programas se manifesta da forma mais perversa possível: envergonhando o nosso presente, obrigando-nos até a olhar o nosso passado como algo glorisoso de que hoje nos devemos orgulhar. De facto, assim não foi, e o mais grave em todo este espectáculo deprimente - representado em boa medida pela drª Odete e pelo drº Nogueira pinto, é que, por via dessa perversidade de votantes on line - o subconsciente colectivo dos portugueses fica pressionado a transferir do passado para o presente responsabilidades (históricas) que hoje não podemos assacar.

Inteligência colectiva - por António Câmara -

  • Mais um artigo interessante e de valor acrescentado de António Câmara

Inteligência colectiva

António Câmara Utilizando-a teríamos um melhor grau de apropriação das decisões do Governo pela sociedade

AInternet permite que milhões de pessoas participem em decisões que afectam a vida pública. Facilita ainda os processos de desenvolvimento de «software» em grupo. A Internet é a plataforma que possibilitou a criação revolucionária de novos sistemas de recomendação, baseados em opiniões de compradores, para a aquisição de bens. A Internet tem também permitido a criação colaborativa de repositórios de sabedoria.

Estes são exemplos de situações em que a agregação de um número substancial de contribuições individuais independentes (ou inteligência colectiva) pode resultar em melhores soluções do que as conseguidas através de contribuições de um conjunto limitado de peritos.

A inteligência colectiva assume várias formas: cognição (utilizada na previsão do funcionamento de mercados); cooperação (aplicada no desenvolvimento de «open source software»); e coordenação (por via de comunidades estabelecidas «ad hoc»).

Na área da gestão, saliente-se o projecto do livro ‘We are smarter than Me’ (.http://www.wearesmarter.org/). Este livro tenta desenvolver um sistema fiável de credibilização das contribuições individuais, um problema comum em esforços colaborativos.

Outro problema recorrente na utilização da inteligência colectiva reside na coordenação dos diferentes actores. A Zara, que coordena dezenas de agentes nas várias fases da cadeia de valor, tem sido apresentada como um caso exemplar nesse domínio.

Em Portugal, a utilização de ferramentas colaborativas nas empresas está em ascensão. Mas a utilização da nossa inteligência colectiva, em projectos decisivos, tem sido inexistente. Pode-se questionar se chegaríamos a melhores decisões aplicando essa ‘inteligência’. Porém, é certo que utilizando-a conseguiríamos um grau de apropriação das decisões governamentais pela sociedade incomparavelmente superior à que registamos hoje.

Presidente da Y-Dreams

A sensualidade do cabaret em Lisboa

A partir de 3 de Abril as bailarinas Moulin Rouge podem ser vistas na capital O que lhe sugerem as palavras Moulin Rouge ou Folies Bergére? Acertou. As bailarinas do cabaret mais conhecido do Mundo. E, consta também, que são as mais bonitas.
A partir do próximo dia 3 de Abril, o espectáculo «Crazy Horse» do mítico cabaret de Paris, estreia-se na capital, no Casino Lisboa, Parque das Nações. (...)
  • Obs: Um certo PsD que anda por aí já tem caça nocturna. Não se faz política, não há problema: faz-se outra coisa...

Casamentos, velocidades e massagens

Russian Wedding Catfight

Lamborghini LP640

Lamborghini LP640 - The funniest movie is here. Find it

People Paying For Massages From A Snake

People Paying For Massages From A Snake - Funny bloopers R us

Intangíveis

Melhor ainda...
vicente amigo - tres notas para decir te quiero

Througt God to h e r

Lágrimas Negras

sexta-feira

Ia jurar que era a caminho da UnI...

Tunnel of Death (Lefortovo Tunnel, Russia)

Duas épocas, dois géneros...

elis e tom - aguas de março

Djavan - Lilás

Sem risco)))

Thanks))))
Astrud Gilberto & Stan Getz - The Girl of Ipanema

To Her))))))))))

Black Eyed Peace & Sergio Mendes "Mais Que Nada"

Intimação das finanças

O empresário chega a casa, vira-se para a mulher e diz-lhe:
- Querida, recebi uma intimação das finanças a respeito do atraso da entrega da declaração do IRS! Achas que devo comparecer na repartição de jeans ou de fato e gravata?
- Bem, querido... Digo-te a mesma coisa que a minha mãe me disse quando lhe perguntei se, na noite das nossas núpcias, eu devia usar uma cuequinha de rendas ou uma cuequinha de seda!
- E o que foi que a tua mãe te disse? - Tanto faz.... Uses o que usares, ele vai-te f.... na mesma!

Bruce, com trad. oriental...

Bruce Springsteen - "Cover Me" Philadelphia 1984

Duas galáxias, sempre audíveis e em expansão...

U2 - New Year's Day

bush sings u2

Pink Floyd - Wish You Were Here

A relativização das sondagens...: o recurso ao efeito "Rashomon"

As sondagens são hoje um negócio importante para uma classe profissional em emergência. Antes e depois das eleições, elas estão sempre presentes, pois quando não servem para sugerir quem está melhor colocado para ser PM, PR ou autarca da Câmara Municipal de Lisboa ou de Freixo de Espada à Cinta servem igualmente para vender o melhor sabonete, o tal que promete a uma senhora de 84 anos que as rugas que ela tem na cara irão desaparecer após três utilizações daquela mestela.
As estações de tv, rádios e jornais precisam delas como de "pão para a boca", operam em sinergia, valem-se umas das outras para projectar resultados, apresentar cenários, descobrir tendências e, claro, também para vender "gato por lebre" e "lixar" a concorrência que se atrasou na divulgação das mesmas previsões sondageiras. Por vezes até involuntáriamente, decorrente da ignorância ou imprudência - por vezes mitigada com arrogância - daqueles que julgam sempre conseguir perscrutar com precisão os misteriosos sentimentos das pessoas que sondam. Há de tudo para todos os gostos, como na Feira da Ladra da opinião desta sondocracia que nos (des)governa.
Vejamos, sumariamente, uma bateria de motivações que pode estar na sua origem destes erros e confere validade a esta grande ilusão da democracia de opinião que assaltou a colectividade:
A saber: 1. As pessoas quando interpeladas (por empresas de sondagens de opinião) dizem aquilo que os outros querem ouvir, e não verdadeiramente o que pensam. Ou seja, representam uma narrativa que, na verdade, não corresponde totalmente ao seu sentir e pensar;
2. Ou seja, as pessoas mentem, visto que não dizem o que realmente pensam;
3. As pessoas dão umas respostas provisórias a fim de se verem livres dos interpelantes. É o expediente que melhor encontram para não serem mal educadas, salvo se a entrevista for paga. Aí ficam e dão atenção ao entrevistador, mas tal não implica que não mintam ou ocultem factos ou pensamentos;
4. As pessoas podem até ser sinceras e dizer o que efectivamente pensam, mas como elas reconhecem não estar na posse de toda a informação útil entendem, ao mesmo tempo, que as suas respostas pouco ou nada interessam;
5. As pessoas podem ainda partilhar as suas opiniões com base na informação disponível mas, nesse caso, pouco adiantam ao que já se sabe. E sabendo que a sua "douta opinião" é gratuita nada dizem...
O que significa tudo isto para a estruturação duma sondagem? Que, em rigor, visa explicar os processos que estão na origem das mudanças na opinião pública e interferem com as tomadas de decisão, com a definição das políticas públicas e, em última instância, com a qualidade da democracia representativa e o exercício do poder do qual depende a definição do bem comum (como diria Aristóteles) das populações?
Explicitando com um exemplo da 7ª Arte: o recurso ao “efeito Rashomon”.
Julgamos que aquilo que importa ao curioso destes fenómenos, é reconhecer que as pessoas em geral não são grandes observadoras dos acontecimentos. Se, por hipótese, colocarmos meia dúzia de pessoas testemunhando um acidente, muito provavelmente cada uma delas dar-nos-á diferentes descrições acerca do que viu.
Recordamos aqui, a título meramente exemplificativo, Rashomon, um filme de Akira Kurosawa – em que se descreve a forma como cinco pessoas viram um acidente, que originou depois cinco diferentes relatos sobre os factos: um bandido assalta um homem, ata-o, e de seguida viola a sua mulher à sua frente. Pouco depois vem a morrer. Todas as pessoas envolvidas contam uma história diferente…
Desconhece-se se a mulher foi violada ou seduziu o bandido; se o marido morreu em consequência da luta com o agressor, ou até se cometeu o suicídio.
A evocação desta analogia do filme Rashomon com as mudanças na opinião pública – demonstra como perante o mesmo facto as pessoas contam descrições diferentes acerca do que viram. Pergunto-me o que hoje muita gente pensa de Cavaco ou Sócrtaes depois de ter votado neles...(?!)
Imagine-se agora – a fim de estabelecer o paralelismo - que um técnico de sondagens pergunta a uma dada população se ela pensa que a performance televisiva do ex-PM (Cavaco) foi decisiva para o eficiente nível da sua campanha presidencial.
Tal pressupõe que as prestações televisivas podem ser decisivas na definição dos resultados eleitorais obrigando, in extenso, a que respondentes mais indiferentes tomem – forçosamente – partido sobre a valia daqueles efeitos dos media sobre os eleitorados (substituindo-se assim ao seu livre juízo político e formação da vontade colectiva).
Eis um exemplo (problematizante) em como além de se desqualificar a sondagem, também se comete outro erro: constante da imposição de problemáticas aos eleitorados que, na realidade, não correspondem ao seu pensar nem sequer integra as preocupações da sociedade.
Mas, como referi, há sempre gostos para tudo, além de tudo isto ser relativo. Até a vida...

Contrastes - por António Vitorino -

Contrastes
António Vitorino
Jurista
Nesta semana, o País agitou-se com o resultado de um concurso televisivo destinado pomposamente a escolher "o maior português de sempre"... A "escolha" recaiu em Oliveira Salazar, depois de algumas semanas em que sabiamente foi alimentada a disputa com Álvaro Cunhal.
Nas sociedades contemporâneas lemos e treslemos sondagens, resultados de focus groups, inquéritos de opinião e tudo o mais quanto possa fazer perceber o que pensamos como colectivo a partir de amostras. Diz-nos a experiência que nestes exercícios mais do que resultados exactos obtemos quanto muito tendências e mesmo assim num dado momento, naquele "instante fotográfico" que reproduz o estado de espírito dos inquiridos ao responderem e que só muito dificilmente pode ser entendido como tendo condições para perdurar ao longo do tempo.
A "arte" da amostra escolhida e da maneira como a questão é colocada já foi sobejamente estudada e até experimentalmente já se provou como o mesmo universo de pessoas pode responder de forma contraditória à mesma questão, desde que formulada de maneira diferente.
A "ciência das sondagens" tem, aliás, o bom senso de não reivindicar para si própria a natureza da exactidão...
Mais ainda quando estamos perante uma iniciativa que apela à espontaneidade da resposta como foi o caso do aludido concurso televisivo. Espanta, por isso, a tentativa de fazer generalizações a partir dos resultados obtidos, do tipo "voto de protesto" contra a qualidade da democracia que temos! O que a "votação" mostra é apenas que alguns grupos de activistas de causas entenderam que mobilizando-se em torno de um concurso televisivo e incentivando outros a nele participarem acabariam por ter um resultado que... animasse as hostes respectivas. Só isso e nada mais!
O ponto curioso para indagação futura é o de saber porque é que tal activismo se contenta - diria apenas! - com uma vitória no terreno de luta dos... sms! Mas enfim, cada um escolhe as armas que lhe parecem mais ao seu alcance em cada momento...
Mais interessante é o facto de na mesma semana em que surgiram vozes indignadas com o resultado produzido por uma minoria activista num concurso televisivo ter sido afixado em Lisboa um vistoso cartaz - e logo no Marquês de Pombal! - de um partido de extrema--direita centrado numa campanha contra a imigração.
Claro que os defensores da teoria da conspiração decerto acabarão por fazer a ligação entre os dois factos e... concluir que o fascismo está aí de novo!
Temos - felizmente ! - uma democracia madura que, por muitos defeitos que tenha, não treme assim perante um concurso televisivo ou perante um cartaz que se revela um bom investimento para os seus promotores... pela relação custo/visibilidade, claro!
Mas o tom xenófobo do cartaz, exigindo um irrealista "fim" da imigração sob o slogan importado (e "adaptado") da Frente Nacional francesa "Portugal para os portugueses", não deixa margem para dúvidas: a liberdade de expressão em democracia constitui um valor essencial que deve ser preservado, mas em nome dos valores democráticos nenhuma distracção pode ser consentida quanto ao fundo da questão: o combate político e cultural à intolerância, ao apelo ao ódio rácico, à exortação xenófoba e à manipulação das consciências quando se quer fazer crer que as dificuldades de um país se devem aos imigrantes, aos estrangeiros, àqueles que são diferentes de nós pela cor da pele, pelo território de origem ou pela religião que professam, esse combate está sempre e permanentemente na ordem do dia e impõe-se muito mais do que a reacção a um qualquer concurso televisivo.
Acresce, por curioso contraste, que os activistas da "votação" por sms se formaram na retórica colonial de um Portugal pluricontinental e multirracial... Sentirão eles que os protagonistas do cartaz são de facto os seus herdeiros?
Pierre Bourdieu

Obs: Talvez mais do que ao velho Botas que está enterrado, apesar de meia dúzia de saudosistas pulularem por aí..., de que o dr. Jaime nogueira Pito é apenas um reflexo pseudo-institucional com aspirações históricas, aquilo que António Vitorino, e bem, critica (segundo me parece..) é esse ciclo vicioso da sondajocracia que hoje tolhe mais do que liberta a mentalidade do povo português. Ou seja, vivemos enfeudados a essa "sondagite concursal" da mediacracia vigente que aspira a uma permanente quantofrenia, e que não deixa de ser uma forma moderna quer de ganhar dinheiro, quer de dominação - em articulação interesseira com as estações de tv - que delas se servem para efeitos de concorrência e mobilização da opinião pública, porque as necessidades do lucro gordo e imediato a isso obriga. Diria até, sugestionado por este artigo de AV - que neste momento deve estar em Moçambique (seguindo daqui um abraço para ele) - que hoje as democracias estão confrontadas com um novo campo de luta, que já não remete para a velha luta de classes, mas para o próprio campo da luta "científica/técnica" que vende sondagens em massa para a mediacracia vigente.

É, pois, na forma como se orquestram os concursos (de par com as TIC utilizadas) que chegamos a certos resultados lamentáveis. A dona Mª Elisa, conseguiu fazer esse mau trabalho com uma perfeição imbecil que choca as alminhas no além. Nem Manela Moura Guedes faria pior, certamente... E o mais grave nessa aritmética provinciana das sondagens para "tudo e para nada", é que o intelectual de serviço responsável por determinada sondagem que se engana - arrasta sempre consigo as centenas, os milhares de pessoas que o seguem nesse colossal erro, porque a sua palavra tem uma força e uma legitimidade nos media como se fosse um deus (menor).

Ao ler este artigo de AV - chego à seguinte conclusão que, em rigor, decorre da desmontagem das distorções a que os "sondageiros" de serviço submetem a desgraçada opinião pública que temos, quiça ainda mais provinciana do que ao tempo de Salazar, que deu origem a esta reflexão. É que a sondagem de opinião, actualmente, não deixa de ser um instrumento de acção política (e socioprofissional), a sua função mais importante consiste em impor a ilusão de que existe uma opinião pública como reunião puramente aditiva de opiniões individuais, como diria o sociólogo Pierre Bourdieu (acima na imagem). Um dos propósitos dos sondageiros é, no fundo, mais do que ouvir as balelas de Nogueira Pinto sobre salazar que nunca ninguém sériamente escutou, salvo meia dúzia de amigos alí do Campo Grande que faz o favor de lhe comprar os livros, é mostrar que existe sempre uma opinião pública unânime, e, portanto, capaz de legitimar uma política e reforçar as relações de força que a fundam ou a tornam viável.

Mas o mais dramático de tudo isto é, como António Vitorino sinalizou no seu último parágrafo - com cirúrgica ironia queirosiana - que os activistas da votação se formaram na escola (Colonial da "banana") e na ética colonial do Portugal (pluricontinental e multirracial) do Minho a Timor - e alguns deles ainda se passeiam por aí, arrastando a sua surdez pelas fundações da China com interesses na Europa.

Foram esses que fizeram a transição cínica e hipócrita para democracia, mas se amanhã o regime mudasse e evolucionasse para uma ditadura seriam os primeiros a dizer: "Eu nunca fui democrata, mantive-me sempre ministro das colónias do velho "Botas"...Esses são os ratos que hojes estão bem caladinhos, eles nem sequer falam da situação que afecta o seu partido de sempre: o CDS... São esses os novos restolhos do Restelo!!!

Encerramento da UnI e alteração de designação da Universidade Internacional

Privadas inspeccionadas
Mariano Gago disse estar 'incomodado' com o caso e pediu uma 'repreensão moral', seja qual for o resultado dos processos legais. Um dia depois de ter ordenado a abertura de um processo de encerramento compulsivo da Universidade Independente (UnI), o ministro da Ciência e Ensino Superior, Mariano Gago, não poupou críticas aos responsáveis da SIDES, a entidade gestora, pela “falta de respeito” a que têm sujeitado os alunos da instituição. Mariano Gago pôs de lado a imagem branda para deixar claro que só não actua de outra forma por ser obrigado a cumprir a lei. E garantiu que todas as universidades privadas serão inspeccionadas. Visivelmente irritado com os últimos acontecimentos, Gago repetiu que a UnI tem até quinta-feira para repor a normalidade. Apesar de referir que o fecho “não é desejo do Governo”, porque “é uma nódoa no ensino superior”, o ministro destacou que não toma nenhuma decisão mais cedo porque há prazos legais que têm de ser cumpridos. A título de desculpa, quase deixou escapar que não põe um ponto final na universidade porque “é impreterível que este processo seja instruído”. “Por muito que isso possa ferir o bom senso de todos, compete ao Governo cumprir escrupulosamente o que diz a lei”, disse. [...]
INTERNACIONAL MUDA DE NOME Em Abril, por ordem do ministro, a IGES vai verificar as bases de dados de todas as privadas para analisar se cumprem os requisitos de natureza pedagógica. Isto porque “há institutos que não têm condições para usarem a designação de universidade”, por não terem o número de cursos e docentes exigidos por lei. A primeira vítima foi a Universidade Internacional, que foi já notificada para mudar de nome.
Obs: Uma decisão que só peca por tardia. Pois há muito que a UnI deveria ter sido encerrada. Mas não a qualquer preço, mas salvaguardados os interesses dos alunos que hoje deveriam ser devidamente ressarcidos e integrados noutras universidades, o que não será fácil. Mas o mais grave é a imagem que fica segundo a qual um bando de empresários pouco escrupulosos pretendem fazer do ensino um negócio de carne para canhão apenas para realização dos seus objectivos e caprichos pessoais, muitos dos quais se prendem a projectos de poder com contornos fraudulentos e criminosos. Haverá aqui uma Angola-connection?! Tanto um como outro (Verde e Arouca) acabaram na pildra e por lá têm dormido... Esperemos não tenham estranhado nem o colchão nem a comida. Já agora uma questão me assalta o espírito: terão eles - directamente da puldra - visto a tv? Assim teriam uma percepção mais lúcida da irresponsabilidade que têm cometido e das figuras tristes que, por essa via, têm pressionado os alunos a fazer. Esta gente já não é uma nódoa, mas uma mancha.
Quanto à Universidade Internacional, a coutada privada do douto Adriano Moreia, pois bem, há que também aí fazer mudanças, não só na designação mas também na qualidade do ensino e dos cursos, porque o regime de cunhas que alguns ex-salazaristas imprimiam à casa foi devastador. Aliás, em Portugal muita coisa ainda dorme na cama antes de ter existência, hoje apenas temos mais liberdade mas depois não sabemos o que fazer com ela. Nem com ela nem com a democracia...

Garota de Ipanema

Garota de Ipanema

Ocupamos a 28ª posição em incorporação de tecnologia

Since it was first launched in 2001, The Global Information Technology Report has become a valuable and unique benchmarking tool to determine national ICT strengths and weaknesses, and to evaluate progress. It also highlights the continuing importance of ICT application and development for economic growth.

The Report uses the Networked Readiness Index (NRI) to measure the degree of preparation of a nation or community to participate in and benefit from ICT developments. The NRI is composed of three component indexes which assess: - environment for ICT offered by a country or community - readiness of the community's key stakeholders (individuals, business and governments) - usage of ICT among these stakeholders.

The Global Information Technology Report 2006-2007

For the first time, Denmark tops the rankings of The Global Information Technology Report 2006-2007’s "Networked Readiness Index", as a culmination of an upward trend since 2003. Denmark’s outstanding levels of networked readiness have to do with the country’s excellent regulatory environment, coupled with a clear government leadership and vision in leveraging ICT for growth and promoting ICT penetration and usage.

O Tempo é..."mais do que uma montra"

... o Espaço onde decorrem as coisas, como diria Stº Agostinho. Mas a vantagem de Ser e de Estar consumindo esse Tempo na linha da Eternidade (de que só temos vaga noção) numa bookshop é a de que, pelo menos, os livros não nos traem. Mesmo aqueles que são escritos em branco e que não nos suscitam qualquer espécie de reflexão.

Por falar em Imigração...

Em tempos PPortas tinha uma posição terrível relativamente à Europa, parecida até com a posição do PCP (os extremos tocam-se...). Manel Monteiro, que na altura ainda não gozava de alvará político, afinava pelo mesmo diapasão. Depois perdeu-se.. Hoje tenta reencontrar-se através dum partido que ninguém sabe o que é, apenas dá para a Sic o convidar uma vez por trimestre para discutir o estado da agricultura e da indústria nacional (que também já não existe..). A Europa era um monstro que daria cabo dos nossos valores, da nossa soberania, da nossa portugalidade, dissolvia tudo. Mesmo em relação aos fluxos migratórios não é difícil adivinhar qual a posição PPortas. Tudo isto somado me leva a supôr que este cds/pp que assaltou o Largo dos Caldas e resolve as coisas à paulada e ao insulto (e que até vota em salazar em concurso de tv), embora com um pouco mais de verniz, seria bem capaz de burilar um outdoor de efeito equivalente. Mas, claro, com o tempo - PPortas passou de eurocéptico a eurocalmo, e é essa calmia que lhe dita apenas a política das quotas.

Pensava ser uma decisão oriunda do Largo do Caldas...

Nota prévia:
Confesso aqui que quando ouvi a bernarda do dia sobre o sinal xenófobo através dum outdoor sobre IMigração a poluir o Marquês de Pombal - e o País - através dele - pensei tratar-se de mais uma declaração daqueles deputados betosos enfeudados ao Paulo Portas mas, afinal, fiquei a saber que em Portugal ainda há pior. Entretanto, o outdoor mirrou aqui, porque o Macro é um espaço de reflexão que não promove gentinha que pensa que Portugal está na "fossa" por causa de 400.000 imigrantes que recebe. Cá para mim, o saloio cuja fronha aparece estampada naquele cartaz de 3ª pretende ganhar notoriedade para depois entrar nalgum filme série Z. Mas pela amostra não creio que tenha sucesso. Mas daria um bom adjunto de Le Pen... Ele que pense nisso.
Governo repudia cartaz contra a imigração do PNR (link)
O ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, repudiou hoje o cartaz do Partido Nacionalista Renovador a dizer «basta de imigração», considerando que essa mensagem atinge também os emigrantes portugueses espalhados pelo mundo. Falando no final do Conselho de Ministros, Pedro Silva Pereira declarou que «o Governo repudia a campanha lançada» pelo Partido Renovador Nacionalista «por via de um cartaz». Diário Digital / Lusa

quinta-feira

Um sonho vergonhoso...

Uma mulher inteiramente velada aparece uma noite para visitar Eddin em grande segredo.
- Hodja, na noite passada tive um sonho estranho, e a bem dizer mesmo vergonhoso...
- Ninguém é culpado dos seus sonhos - tranquiliza-a Eddin.
- Conta-me lá esse sonho, porque vieste aqui para que eu sem dúvida o interprete.
- É verdade - prosseguiu ela, muito incomodada: - eu sonhei que me deixei engravidar por um cavalo. O que é que isto significa?
- A significação é bem clara: vais conhecer agora um momento difícil que será compensado depois por uma boa entrada de dinheiro.
- Por Alá!!! Já me sinto mais aliviada! Mas a tua ciência permite que me expliques um pouco melhor?
- Certamente - responde o Hodja. - Dentro de nove meses, vais ter um macho que poderás vender por um bom preço no mercado.

Commodores..

Commodores - Nightshift

O grande Jorge Luís Borges: o homem que guardava o dinheiro entre os livros

Borges tinha uma particularidade além de ser um genial escritor. Ele... Bom, ele guardava o dinheiro entre os livros. Com a passagem do tempo a sua visão foi-se deteriorando, razão por que confiava essa tarefa numa sua empregada, de sua confiança absoluta. Quando outras pessoas lá iam a casa, perguntavam a essa tal empregada se Borges guardava efectivamente o dinheiro entre os livros.
- Ela respondia que não, e mais afirmava que o Sr. Borges jamais poderia ter dito uma coisa dessas. Borges sentia desprezo pelo dinheiro, embora houvesse moedas de ouro pela casa, dólares em certos livros. De facto, aquela empregada sabia de tudo, mas nunca tocou num "centavo". Ela sentia-se feliz assim: não só guardava o dinheiro que Borges lhe confiava, como se ocupava que ninguém o levasse. Já que o dinheiro estava alí, entre os livros...
Daqui retiro uma lição: deve-se estimar sempre as melhores empregadas, e, se elas forem boas, devemos até casar com elas. Desse modo, diminuimos o risco de entrar na ruína, ou até de ser arruinados...

Desenterrar os mortos

Caminhamos na terra,
estamos atentos,
como um arco-íris no céu.
Mas há qualquer coisa por baixo de nós,
debaixo da terra.
Não sabemos.
Não sabes.
Que queres fazer?
Se tocares, podes provocar um ciclone, muita chuva
ou uma inundação.
Não apenas aqui,
podes matar alguém noutro sítio.
Podes matá-lo noutro país.
Não podes tocar-lhe.
Big Bill Neidjie, Gagtadju Man, 2001

Depois de mostrar como uma mulher vai para a cama com um cego, Bettencourt Resendes sugere a história da líbido do DN. Porque não ele!?

As (boas) memórias de um edifício (link)

Mário Bettencourt Resendes

Jornalista

O conspícuo The Spectator vai mudar de casa. Após 30 anos num elegante prédio do século XIX, com quatro andares, cave e jardim, a revista, que é ainda um baluarte da elite conservadora britânica, viu-se obrigada a procurar instalações mais compatíveis com as exigências tecnológicas e de espaço de trabalho do actual mundo mediático.

Simon Courtland, o historiador "oficial" da publicação, recorda, numa das últimas edições, alguns dos episódios mais saborosos que dão alma às paredes do edifício. Fala, por exemplo, do dia em que a recepcionista confundiu Graham Greene com o homem que vinha mudar a carpete, e também, num registo mais colorido, num almoço a dois no gabinete do publisher (equivalente anglo-saxónico do administrador executivo), em que um dos convivas passou mais tempo debaixo da mesa do que na cadeira...

Vale a pena, mesmo assim, ler o artigo de James Wolcot, numa recente edição da Vanity Fair, para recordar a forte libido que tem animado a vida quotidiana do The Spectator. Ressaltam, desde logo, alguns pormenores sugestivos sobre o conhecido romance entre a publisher Kimberley Quinn e o ex-ministro do Interior de Tony Blair, o (cego) David Blunkett. Segundo Wolcot, tudo começou num jantar onde estava também presente um jornalista da The Spectator que tinha entrevistado o governante. Quinn, após as apresentações formais, mostrou logo que, apesar de casada, não era tímida, e disse qualquer coisa do género: "Sempre tive curiosidade em saber como seria ir para a cama com um cego."

Os acontecimentos subsequentes mostraram que Blunkett não era surdo. O romance, tórrido segundo os implacáveis tablóides da ilha, custou, no entanto, o cargo ao ministro, quando se soube que tinha subvertido a lei inglesa para apressar um visto de residência para a babysitter filipina dos filhos de Quinn. Note-se que a paixão de Blunkett foi ao ponto de reclamar a paternidade de um filho nascido tempos depois (presume-se que os meses suficientes...) do famigerado jantar.

O ex-director, e também deputado conservador Boris Johnson, acabou por afastar-se devido a uma conjugação de gaffes políticas - que o obrigaram a vários pedidos de desculpas públicas - com uma ligação (extramatrimonial) a uma jornalista da casa, Petronella Wight. A julgar pela fotografia de Petsy (para os amigos...), compreende-se que Johnson tenha cedido à tentação...

O caso mais suculento referido por Wolcot envolve Rodd Liddle, um dos colunistas de primeira linha da revista, e a recepcionista do edifício do The Spectator. Denunciado pela mulher aos jornais do costume, Liddle foi mesmo acusado de ter apressado a sua lua-de-mel (!) para regressar mais depressa aos braços da amante.

A história do The Spectator, que é, obviamente, muita mais rica do que os ímpetos sexuais dos seus administradores e escribas, recordou-me que o Diário de Notícias vai a caminho de século e meio de vida e que, em livro (dois volumes), tem apenas publicado o relato dos primeiros 75 anos da sua existência. É, por sinal, um documento interessante, mas compreende-se que, à luz dos condicionamentos da época, esteja ausente o distanciamento político que permitiria uma análise crítica com outra profundidade. Deixo, pois, aqui, a quem de direito, a sugestão de que se comece a pensar no assunto, numa altura em que, felizmente, ainda estão vivos, e com memória pujante, alguns dos homens (e também mulheres, embora poucas) que trabalharam nesta casa em décadas já distantes.

Neste dias de liberdade de expressão, será, por certo, possível encontrar um historiador de créditos firmados, capaz de passar ao papel as vicissitudes da vida, sem dúvida controversa, do diário que muitas vezes se confundiu com o retrato do País - ou, pelo menos, com uma parte da Nação... E, já agora, que seja alguém com um mínimo de ironia e de sentido lúdico da vida, sem inibições de abordar (com sobriedade, claro...) alguma da libido que repousa nas memórias das paredes concebidas por Pardal Monteiro.

Afinal, tenho a certeza de que muito poucos - se é que houve alguém... - fizeram voto de castidade ao atravessar, pela primeira vez, a porta n.º 266 da Avenida Liberdade.

Um bando de energúmenos xenófebos assaltou o Marquês de Pombal

Imigração: Líder do PNR diz que cartaz cumpriu objectivo
O líder do Partido Nacional Renovador (PNR) disse hoje à agência Lusa que o cartaz que convida os imigrantes a abandonar o país, colocado quarta-feira em Lisboa, já cumpriu o objectivo de dar protagonismo àquela força política.
«Basta de imigração - Nacionalismo é a solução» é a mensagem do cartaz que o PNR instalou quarta-feira, no Marquês de Pombal, em Lisboa, e que apela ainda à expulsão dos imigrantes, desejando-lhes «boa viagem» no regresso a casa, ao lado de uma fotografia de um avião em voo.
O cartaz, com uma fotografia do líder do PNR, aponta ainda como objectivo para 2009 um «Portugal aos Portugueses».
José Pinto Coelho afirmou que o cartaz é «um chamariz» para levar as pessoas a informarem-se sobre o PNR, e que era impossível explicar amplamente a posição do partido sobre imigração.
«O cartaz vai lá ficar um mês e indiscutivelmente já cumpriu o objectivo» de chamar a atenção das pessoas, disse José Pinto Coelho.
Admitiu que ao escolher uma mensagem «chamativa» e «polémica» o PNR corre o risco de ser acusado de racismo e xenofobia, mas recusa a existência dessas sentimentos no cartaz.
«Não somos contra os imigrantes, mas sim contra esta política cega de imigração que prejudica os portugueses», disse, desvalorizando as reacções de repúdio que a iniciativa já suscitou.
O cartaz, hoje reproduzido na imprensa, já mereceu o repúdio do ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, e do Alto Comissário para a Migração e Minorias Étnicas (ACIME), Rui Marques.
Ao manifestar «vivo repúdio e indignação», Pedro Silva Pereira, citado pelo Diário de Notícias, disse que o governo está a verificar se o cartaz constitui crime e considerou a sua existência uma «acção lamentável» e uma injustiça para os imigrantes, que contribuem para o desenvolvimento do país.
«Encaro com naturalidade essas reacções que repudiam as nossas posições na mesma medida em que nós repudiamos as políticas que eles defendem», disse José Pinto Coelho.
O responsável do PNR acredita ainda que quem hostiliza o partido continuará a hostilizá-lo e que quem se identifica com os ideais do partido dirá: «até que enfim que apareceu alguém com a mesmas ideias que nós».
O Partido Nacional Renovador (PNR) anunciou hoje o início de uma campanha contra os imigrantes em Portugal, afirmando que não se podem apoiar políticas que promovam a Imigração enquanto «houver Portugueses a viver na miséria». Diário Digital / Lusa
Obs: Queríamos dizer ao troglodita deste "presidiente" de partido de pacotilha o seguinte:
1. A miséria existiu antes dos fluxos migratórios e continuará a existir para além deles. A causa do nosso subdesenvolvimento tem origens endógenas e não causas exógenas. Mas o "alarve" nem isto será certamente capaz de compreender. Contudo, deverá fazer-se um esforço para regular a Imigração, para protecção dos que veêm e dos que cá estão. Aqui os programas de apoio da UE poderão sortir mais efeito nos países de origem.
2. Depois Portugal foi o país pioneiro na moderna teoria da globalização: com as Navegações demos novos mundos ao mundo, aproximámos continentes, pessoas, mercadorias e bens. De seguida colonizámos, criámos impérios, explorámos, escravizámos povos, territórios e matérias-primas. Para o bem e para o mal da nossa história colectiva fomos os primeiros a potenciar esses fluxos migratórios. Mas também civilizámos, e de todos os impérios talvez tenhamos sido os menos odiados, comparativamente aos outros impérios, embora isto seja discutível. E a miscigenação também não explica tudo, mas pode explicar o facto de os portugueses gostarem de mulheres negras...
3. Depois saímos do lodo, deixámos o Império à força, os povos africanos tornaram-se independentes mas nem por isso mais livres ou desenvolvidos. Integrámos a UE cuja filosofia assenta precisamente na livre circulação de pessoas e bens... Por isso, hoje ao ver-se aquele assalto do cartaz dum partido xenófebo que deveria ser imediatamente erradicado, só dá vontade de fazer uma coisa: vomitar..., para cima do cartaz, evidentemente!!! Se passasse por lá jogava-lhe um calhau preso a um saco cheio de sangue de modo a explodir no centro do dito cartaz.
Se os outros países tomassem igual atitude relativamente aos portugueses emigrados no estrangeiro teríamos um mundo em guerra civil permanente. Haja bom senso, mas com os radicais mão pesada da espada e da lex.

Um dos melhores instrumentais de sempre: Art of noise

Art Of Noise - Moments In Love

A inútil tragédia da vida...

Picada no blog Com Calma
A inútil tragédia da vida
Não chega a merecer um poema.
Só o poema merece, por vezes
A inútil tragédia da vida.
As pessoas caem como folhas
E secam no pó do desalento
Se não as leva consigo
A fúria poética do vento.
Para que se justifique a nossa vida
É preciso que alguém a invente em nós.
Os que nunca inspiraram um poema
São as únicas pessoas sós.
Natália Correia - Do dever de deslumbrar (Túmulo de D.Inês no Mosteiro de Alcobaça)

Segurem-se, porque isto é muito hilariante. Muito!!!

Pura Conspiração II

Picada no Jumento. A avaliar pelos comensais de Dona Judite de Sousa para aquelas suas Grandes entrevistas (reporto-me a Valentim loureiro e quejandos..) não me admiraria nada que amanhã víssemos esta "Presidenta" sentada no estúdio diante de Judite dissertando sobre o estado da Nação... Aposto que batia o score de audiências comparativamente ao sr. major..
Agora coloquem o cinto de segurança, metam o capacete, agarrem-se com as duas mãos ao corrimão e ponham cola nas solas dos sapatos antes de visionar este vídeo...

quarta-feira

Este cds/pp sempre foi uma ilusão, hoje é uma desilusão..

O verniz (link) Cada um à sua maneira, o centrista Freitas do Amaral, o conservador Adriano Moreira e o moderado Lucas Pires foram dando camadas de verniz a um partido com uma base política pouco familiarizada com a democracia. (...)
Cada um à sua maneira, o centrista Freitas do Amaral, o conservador Adriano Moreira e o moderado Lucas Pires foram dando camadas de verniz a um partido com uma base política pouco familiarizada com a democracia. E há anos que Portas anda a dar cabo de tão laboriosa obra de restauro. Libertou a fera caceteira do seu partido. Hoje, o CDS recorda com especial violência a sua crónica crise de identidade. Vivem num caos permanente, não se entendem em relação às regras pelas quais se regem e não há dia em que não ponham em causa a sua lei interna. Mas garantem, sem ruborizar, que são legalistas e conservadores.
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Obs: De facto, com este nível de argumentação do sr. Telmo ainda pensei que ele fosse mais longe e defendesse a ideia segundo a qual foi, de facto, Ribeiro e Castro que estava à ilharga de Zézinha e lhe enfiou com o quadro do Freitas do Amaral pelas costas abaixo. O mesmo quadro que o Paulinho das feiras mandou tirar do Largo do Caldas pelo facto de Freitas ter integrado o governo do PS. O facto é que nem Zézinha foi agredida (apenas vitimizou-se a fim de mais eficientemente dramatizar a sua decisão de saída do cds), Portas comportou-se como um vândalo que assalta o castelo onde estão os Brad Pitts, Telmo faz o seu papel de peão brega, Ribeiro e Castro é um verbo de encher, de Adriano Moreia - o velho e cínico ditador revestido de democrata - não se ouve uma palavra, Freitas ainda convalesce dumas vertebras da coluna na Quinta da Marinha, Lucas Pires - que era o melhor de todos - já morreu. Em suma: este cds está num fanico, não existe e se chegou à democracia foi por puro engano porque, na realidade, se trata dum partido de gente genéticamente anti-democrática.

Joss Stone e Alicia...

JoSS Stone You HaD Me

Joss Stone - Tell Me 'Bout It
Joss Stone - Right to be wrong Live

alicia keys & jamie foxx at the grammy

Esta "pedra" é de quem a souber apanhar)))

Alicia Keys & Joaquin Cortez

Le monde diplomatique. Reflexão...

A era da Comunicação Compartilhada

E se a resposta aos grandes conglomerados da mídia forem redes de cidadãos dispostos a ser mais que simples consumidores de informação?
Estamos condenados a um mundo onde a comunicação será cada vez mais concentrada, mais submetida ao poder econômico e, portanto, mais atomizante e... incomunicativa? Embora capitalista até a medula, a revista britânica The Economist acaba de admitir que a resposta é não. Na edição de 20 de abril, ela dedicou um estudo especial [1] de sete matérias ao que chamou de emergência da “comunicação personalizada e participativa”.
O estudo vê na internet – e em particular nas novas ferramentas que permitem compartilhar conteúdo, como wikis, blogs e podcasting – o início de uma revolução semelhante à desencadeada em 1448, quando Johannes Gutenberg inventou a imprensa de tipos móveis. Nos novos tempos, prevêem os textos, “ao invés de um punhado de gigantes ultra-capitalizados da mídia, disputando entre si, haverá pequenas empresas e indivíduos, competindo ou, mais freqüentemente, colaborando uns com os outros”.
Em algumas semanas, estará pronto o projecto de viabilização do Le Monde Diplomatique Brasil. Suas bases estão definidas. Ele aposta na possibilidade de constituir uma rede de cidadãos e organizações empenhadas em uma nova comunicação. Ela estimulará a produção, publicação (especialmente via internet) e debate de textos que permitam compreender em profundidade o país, seus problemas e os meios de superá-los.

Triste modo de festejar um nascimento

Nos anos 30, um mexicano festejava com uns amigos o nascimento do seu filho.
- Estou tão feliz - dizia ele - que até me podia matar de alegria!!
- Não, não és capaz - disseram-lhe os que o rodeavam, como a desafiá-lo.
Então o homem sacou de um revólver e estourou os miolos.

A Ota da nossa confusão e descontentamento

Quem tivesse visto o Prós & Contras sobre a problemática da OTA ainda teria ficado mais confuso. Confesso que vi intermitentemente o programa, mas do que vi ainda fiquei mais angustiado. Lá estava a nata da engenheiria lusa, dum lado o poder, do outro alguma oposição, técnicos, engenheiros, conceitos mais herméticos tudo alí foi exposto, até as vaidades "engenheirocráticas".. Mas não se chegou a nenhuma conclusão.
Parece que as soluções técnicas não tiveram pujança para alterar o statu quo e lançar um novo relance sobre esse candente problema em Portugal, pois parece que o País está já há muito tempo a rejeitar turistas que querem visitar-nos porque as nossas infra-estruturas aeroporturárias já não têm capacidade para mais. Isto reflecte bem o problema económico que temos entre-mãos, e para o qual as opiniões e as putativas soluções técnicas não conseguiram convencer a opinião pública.
Além do problema em si - saber se devemos (ou não) construir o aeroporto na Ota, nasce outro problema dentro daquele que tem reflexos nas demais questões que afectam o futuro colectivo dos portugueses. Ou seja, sempre que há um grande projecto na calha e se mobilizam as opiniões e a massa crítica nacional, os portugueses em lugar de ficarem mais esclarecidos ainda ficam mais confusos. Parece até que o propósito desses debates públicos, desses programas tem uma só finalidade: gerar a confusão e a descrença entre os portugueses em relação às grandes opções do desenvolvimento nacional.
Ora, é precisamente esta incerteza dos tempos que converte o nosso mundo num palco, e em vez de ver no Prós & Contras um fórum de gente excepcional que ajuda a destapar a nuvem para vermos o azul do céu, só vemos uma chaminé de Sines a emitir ainda mais emissões de CO2 para atmosfera do nosso entendimento, razão por que ficamos ainda mais poluidos. E um homem poluído não decide, suicida-se.
Naquela plateia do Prós & Contras mais não vi do que cada um representando o seu papel, o seu drama, a sua empresa, a sua corporação, a sua posição de interesse. No fundo, um teatro pegado, sem guião à vista, mas num improviso assinalável. Como naqueles filmes em que o guião extravia-se e o realizador vai fazer amor com a protagonista do filme para trás das dunas onde as cenas decorrem e os takes supostamente são filmados.
Como no Prós & Contras, cada engenheiro sua sentença, sua cagança, sua... Juntaram-se alí para discordar, nada mais. No fim, deixaram os seus papéis vagos, como vazia ficou a cabeça dos portugueses que desejaria ser esclarecida. Até José Sócrates há-de ter ficado tergiversado, mais a mais ele é engenheiro diplomado pela UnI...
Conclusões:
1. Hoje, em virtude do palco que é a tv, parece que todos os problemas da nação se têm de transformar num show of para inglês ver, no final a decisão fica na boca do jacaré.
2. Ás incertezas estratégicas sobre se a Ota deve ou não ser equacionada seguem-se as angústias. É como engravidar a irmã, como n 'Os Maias, e foi precisamente a isso que Eça quis chamar ao Portugal do séc. XIX: um incesto. Hoje constato que não estamos muito diferentes. Ou será que estamos só prostituídos por uma opinião tão contraditória quanto dilacerante!!??
3. Quem rasgou o guião? Por que razão não se arranja urgentemente outro, já que na Ota nem a qualidade dos solos parece valer 1grama de esforço das buldozzers, só representa custos desnecessários noutras localizações, mormente em Almada - como hoje se equaciona. Embora não seja ao lado do Cristo-Rei que urge aterrar, pois aí não haverá espaço suficiente, e nos braços do Cristo também será arriscado aterrar o nariz dos aviões.
4. haverá algum mistério nisto? Se não há, parece!!! Temos quatro grandes motores: a inteligência/massa crítica, a tecnologia, as instituições e os valores. Parece que nenhum deles nos ajudam a sair da boca do jacaré nem do pântano da Ota...
Em face do exposto, pergunto-me se somos um País normal ou se não funcionamos antes no vácuo de algum avião que está em vias de se despenhar por um penhasco..: o da Ota...(apesar daquilo ser uma planície!)

Diogo Infante sob suspeita...

Estreia em Dia Mundial do Teatro
Eunice Muñoz coloca Diogo Infante sob suspeita
Cristina Margato "Dúvida" de John Patrick Shanley é a proposta de Diogo Infante para o Maria Matos – um ano depois de ter começado a dirigir aquele teatro municipal. [...]

Um ano de Pleitos e Apostilas.. e vai continuar.

1º aniversário do Pleitos e Apostilas (link) Passa hoje o tricentésimo sexagésimo quinto (assim) - escrito ou dito à boa maneira dos jornalistas da TSF seria - Passa hoje o dia 365 ... sobre o aparecimento do Pleitos, Apostilas e Comentários.
Faz hoje um ano, portanto! Várias foram as ocasiões em que estive para o encerrar ... não o fiz, em rigôr, por duas razões:
Vão lá ver quais são essas razões...

A blogosfera agita-se, institucionaliza-se, corporiza-se, fortifica-se, "jornaliza-se", editorializa-se, afirma-se...

2007/03/27 21:30- Pedro Sales Dias
Projecto não quer substituir os média, mas dar um novo olhar sobre a realidade A «primeira rede editorial de blogs» em Portugal foi apresentada esta terça-feira à blogosfera. O TubarãoEsquilo conta com uma rede de 24 blogs que desde Outubro de 2006 têm vindo a aderir ao projecto. A rede pretende chegar aos 60 blogs até ao final do ano.
«Não é uma rede jornalística, mas sim uma rede editorial», referiu ao PortugalDiário, o responsável pelo projecto, Paulo Querido, também jornalista. «Queremos o papel de complementaridade e fornecer aos média um novo olhar sobre a realidade, mas não queremos substitui-los», assegurou.
Segundo Paulo Querido, a variedade de temas será tão ampla quanto a variedade profissional dos autores que se incluem: jornalistas, professores universitários, estudantes. O jornalista avisou que não existirão «temas fortes», mas a energia e ambiente estarão patentes. (...)
Duas notas: esta ideia de federalização da blogosfera tanto pode limitar como fazer expandir o mercado das ideias via blogosfera em Portugal. Mas para já é de saudar esta iniciativa constituída maioritáriamente por jornalistas. A 2ª nota prende-se com aquilo que entendo ser uma contradição dos termos neste último parágrafo que talvez fosse útil rever. É que o ambiente - e as energias renováveis - representam hoje nas sociedades ditas industrializadas um tema "forte", dado que é pela sua racionalização que podemos (ou não) implementar o modelo emergente de desenvolvimento económico, tradicionalmente ancorado nas obras públicas e no betão legado por uma década de cavaquismo. Portanto, quando alí se diz, "não existem temas fortes, mas a energia e o ambiente estarão patentes", é assim a modos que dizer que o Benfica é um grande club mas, na prática, conta pouco. Ao contrário do que alí se diz, o ambiente - lato sensu - é, por natura, um tema forte. Forte porque infra-estruturante da sociedade europeia e do próprio sistema global em vivemos. Fica a sugestão para se corrigir aquele "pequeno grande" erro. E já agora boa sorte para o projecto. Oxalá ele dê razão a Ésquilo ao "consolidar" algo que ainda falta em Portugal.
PS: Fica aqui a morada do blog Tubarão ésquilo para quem o quiser consultar.

Uma excelente Ideia: ambientalmente saudável, económicamente racional

Serpa: Inauguração da Central Solar (link)
Central Solar de Serpa é inaugurada hoje, às 12.00 horas. A cerimónia traz à margem esquerda do Guadiana o Ministro da Economia.
A Central Solar de Serpa, na freguesia de Brinches, ocupa uma área de cerca de 60 hectares, está pronta a funcionar e é inaugurada hoje. A cerimónia, marcada para as 12.00 horas desta quarta-feira, traz à margem esquerda do Guadiana Manuel Pinho, ministro da Economia e da Inovação e António Castro, secretário de estado adjunto da Indústria e da Inovação. A Central é financiada pela GE Energy Financial Services, da General Electric, norte-americana, associada à PowerLight Corporation e à Catavento, SA, por isso, a inauguração vai contar igualmente com a presença de Alfred Hoffman, Jr., embaixador dos Estados Unidos da América em Portugal, Kevin Walsh, da GE Energy, Thomas Dinwoodie, da PowerLight e Sérgio Costa, da Catavento.
A primeira pedra, da Central Solar de Serpa, foi lançada em Junho do ano passado, está voltada a Sul e tem uma capacidade de vida prevista de 40 anos.
De acordo com dados avançados pelo jornal “Público” o custo da central de Serpa ascendeu aos 75 milhões de euros, com financiamento assegurado, pela GE Energy Financial Services. Prevê-se que esta estrutura venha a produzir 20 gigawats/hora por ano, electricidade suficiente para alimentar oito mil habitações e uma poupança de mais de 30 mil toneladas em emissões de gases de efeito de estufa, em comparação com uma produção equivalente a partir de combustíveis fósseis.
A Central Solar Fotovoltaica de Serpa será a primeira grande instalação do género a entrar em produção em Portugal e reforça o compromisso do nosso país em apostar na energia renovável limpa e fiável como a fonte solar. Ana Elias de Freitas